terça-feira, 18 de agosto de 2015

ONU: Indígenas do Vale do Javari ganham cartilha para prevenir aids na Amazônia

ONU Brasil - Os índios Kanamari, que vivem no Vale do Javari, no Amazonas, junto à fronteira do Brasil com a Colômbia e o Peru, terão à sua disposição cartilha com orientações sobre prevenção, diagnóstico e tratamento de DST (doenças sexualmente transmissíveis), Aids e hepatites virais. O lançamento da cartilha foi realizado na segunda-feira (17), no município de Atalaia do Norte, no Amazonas.
Com abordagem inovadora, publicação destinada ao povo Kanamari trata de prevenção, diagnóstico e tratamento sob a perspectiva da cultura indígena.Dirigida a profissionais de educação e saúde indígenas, a publicação bilíngue foi elaborada em língua indígena e traduzida para o português. A ideia é fornecer informações de forma clara e didática.
A série foi concebida a partir de oficinas de prevenção realizadas no Vale do Javari, com a participação de antropólogos, professores, agentes indígenas de saúde, pajés, curandeiros, parteiros e lideranças de diferentes povos da região, levando em conta a cultura e os saberes tradicionais dos povos indígenas. Assim a publicação responde ao desafio de levar informação e conscientizar essa população sobre temas como sexo desprotegido e uso de álcool e outras drogas, além de hábitos que aumentam o risco de infecção pelo vírus HIV.
A cartilha “Falando sobre Prevenção às DST/Aids e Hepatites Virais – Kanamari” é a quarta da Série Javari, uma coleção elaborada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre o HIV/Aids (UNAIDS), em parceria com o Ministério da Saúde e a Fundação Nacional do Índio (Funai). Os outros três volumes da série – dirigidos aos índios Matis, Mayoruna (Matsés) e Marubo – já foram lançados e estão disponíveis no site da UNESCO no Brasil e nos links abaixo.
A UNESCO no Brasil e o UNAIDS estão empenhados em cooperar com políticas públicas que assegurem os direitos diferenciados dos povos indígenas, por meio da educação e da saúde. A metodologia utilizada para a construção do material bilíngue é o diálogo intercultural, que busca promover uma troca de conhecimentos entre as culturas, respeitando e reconhecendo práticas, conhecimentos e hábitos indígenas

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