sábado, 22 de agosto de 2015

Garantia de direitos para as juventudes é tema de evento da ONU, governo e sociedade civil no Brasil

ONU Brasil -O mundo tem atualmente a maior população jovem de toda a história. Assegurar direitos e investimentos nessa população, com leis e políticas públicas específicas, é necessário para garantir o desenvolvimento sustentável dos países. Com o intuito de trazer à tona essa reflexão, o Grupo Assessor sobre Juventude do Sistema ONU – composto por agências das Nações Unidas, a Secretaria Nacional da Juventude (SNJ) e o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve) – promoveu, em Brasília, no Dia Internacional da Juventude nesta quarta-feira (12), um seminário cujo debate principal foi a garantia de direitos para a população jovem e o Estatuto da Juventude.

“Os jovens estão demandando mais investimentos e mais participação. Se os espaços não forem garantidos, a mudança que o mundo precisa hoje não vai acontecer”, disse o representante do UNFPA no Brasil, Jaime Nadal, em encontro para comemorar o Dia Internacional da Juventude.
 
O encontro “Da Lei à Prática: Dois anos do Estatuto da Juventude e Caminhos para a sua Implementação” reuniu cerca de 150 pessoas no Memorial Darcy Ribeiro, na Universidade de Brasília e fez parte das comemorações do Dia Internacional da Juventude. A data é celebrada desde 1999 pela Assembleia Geral da ONU e aparece como um marco para a sensibilização mundial sobre temas relacionados à agenda da população jovem.

De acordo com o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), a juventude precisa estar no centro do desenvolvimento mundial. Dificilmente progressos sociais e econômicos poderão ser alcançados nos próximos anos sem os investimentos certos na maior população jovem da história: no mundo, são mais de 1,8 bilhão de pessoas jovens, e no Brasil esse número ultrapassa 52 milhões. Para que essa população possa transformar as suas realidades atuais e o destino de seus países, é crucial que as leis e as políticas públicas nacionais estejam orientadas para fortalecer suas trajetórias.

No Brasil, o investimento nessa parte da população tem como principal sustentação o Estatuto da Juventude, o qual menciona direitos que devem ser garantidos e promovidos pelo Estado brasileiro. Para o coordenador residente do Sistema ONU no Brasil, Jorge Chediek, “o Estatuto cria um arcabouço de direitos para os jovens”. No entanto, apesar da existência de um marco legal, o documento precisa se fortalecer: “ainda precisamos trabalhar bem mais para efetivar sua implementação.”

Segundo o representante do UNFPA no Brasil, Jaime Nadal, “os jovens estão demandando mais investimentos e mais participação. Se os espaços não forem garantidos, a mudança que o mundo precisa hoje não vai acontecer”. Para ele, o momento histórico para a população jovem precisa ser aproveitado para o alcance do desenvolvimento inclusivo e sustentável.

Intervenções artístico-culturais
A juventude brasileira não faz política apenas por meio de partidos ou movimentos sociais; as intervenções artísticas são formas expressivas de manifestação e ocupação de espaços para a garantia e ampliação de direitos. Durante o dia de comemorações, o Coletivo Ruas, da Ceilândia, DF, reforçou esse discurso com dança, grafite e batalha de MCs.

O grupo Risofloras, formado pelas jovens Edilene Colado, Camilla Leite e Verônica Pires, foi responsável pela intervenção visual. Durante quase cinco horas o grupo grafitou em um enorme painel escrito “Juventudes”. Os desenhos refletiam, para as jovens, cada um dos 11 eixos do Estatuto da Juventude. O trio defendeu a importância de usar a criatividade e habilidades artísticas para registrar mensagens. Segundo Edilene, “o potencial artístico dos jovens hoje é muito grande, pois a juventude está conectada pela ânsia crescente de se expressar”.

Ao final do evento, a ONU Brasil entregou à SNJ a peça grafitada como marco das comemorações do Dia Internacional da Juventude 2015 no Brasil. A arte produzida pelas jovens grafiteiras está exposta em frente a Secretaria da Juventude, em Brasília e deverá ser utilizada durante a 3º Conferência Nacional da Juventude, em dezembro.

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