Simpósio Brasil-França discute biodiversidade na Amazônia
Na
Semana Mundial do Meio Ambiente, a Universidade Federal do Amazonas
recebe pesquisadores nacionais e internacionais em simpósio sobre
Biodiversidade. O evento é promovido pela Academia Brasileira de
Ciências (ABC) em parceria com a Academia de Ciências da França e ocorre
até sexta-feira, 08, no auditório Rio Solimões, setor Norte do Campus
Universitário.
A Amazônia e a Ufam foram escolhidas como cenário ideal para a realização do Simpósio Internacional Brasil-França sobre Biodiversidade,
cujo objetivo é encorajar e estimular a produção científica em torno do
tema. Durante os quatro dias do evento, várias discussões serão
suscitadas para fortalecer a proposta do simpósio.
Na
manhã desta terça-feira, 5, a solenidade de abertura do evento reuniu
lideranças acadêmicas e diplomáticas. O presidente da ABC, Luiz
Davidovich, discorreu sobre a colaboração entre os dois países e
destacou o documento entregue aos pré-candidatos à presidência do
Brasil, com sete propostas em ciência e inovação. “É uma importante
agenda para nós”, expôs o presidente ao mencionar os aspectos em comum
entre os dois países, o que contribui para maior sucesso do trabalho
conjunto.
Representando
o reitor da Ufam, o vice-reitor, professor Jacob Cohen, além de
agradecer pela escolha da Universidade como sede do Simpósio Bilateral,
discorreu sobre a necessidade de uso racional da Amazônia. “É uma honra
recebê-los, principalmente, para tratar da diversidade dessa Amazônia
enorme. Ver como é possível, com a presença de academias do pensamento e
da tecnologia, podermos avançar no sentido de tornar a Amazônia um polo
produtivo, desenvolvido, mas com sustentabilidade”, discursou o
vice-reitor.
Presente
à solenidade de abertura, o secretário honorário perpétuo da Academia
de Ciências da França, Jean François Bach, frisou que o tema do simpósio
é atualmente preocupação brasileira e mundial. O secretário lembrou a
atuação do documentarista, cineasta, oceanógrafo francês Jacques-Yves
Cousteau, falecido em 1997, que realizou uma expedição na Amazônia em
1982 e passou a debater sobre a necessidade de preservar a região. “Este
é um encontro importante e a presença de vocês demonstra o interesse
pelo tema”, afirmou.
Álvaro
Prata, secretário do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e
Comunicações do Brasil (MCTIC), lembrou a longínqua relação entre as
duas nações em prol do conhecimento, uma vez que muitos pesquisadores e
estudantes buscaram na França o aperfeiçoamento de sua formação ao longo
da história do Brasil. “A França é um parceiro de longa data. Poder
usar essa parceria em benefício do conhecimento e da biodiversidade é
extremamente importante para o Brasil e penso que tanto brasileiros
quanto franceses terão muito a ganhar. O Ministério se coloca aqui como
uma importante instituição que espera ser capaz de apoiar as iniciativas
que possam surgir desse evento”, disse Prata.
“A
parte importante do trabalho de vocês é de manter o povo da Amazônia.
Eles podem fazer um trabalho sustentável na terra deles e serem os
melhores guardiões dessa floresta inteira”, declarou aos pesquisadores,
Dominique Chevé, cônsul honorário da França em Manaus. Segundo Chevé,
por meio do conhecimento, da pesquisa e da educação, serão apontados os
melhores caminhos para o povo da região. “Essa região e essa diversidade
não terão futuro sem o povo da Amazônia”, defendeu.
Programação
Durante
o evento serão realizadas sessões com a participação de estudiosos de
várias instituições, como o Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa),
Fiocruz e Instituto Pasteur, os quais abordarão temas como: “O que está
escondido na Biodiversidade (Farmacologia e Produtos Naturais);
“Impactos do uso da Terra, Mudanças Globais e Globalização da
Biodiversidade” e “Impactos da Biodiversidade na Saúde Humana”.
Fonte:Ascom Ufam