sábado, 9 de junho de 2018

Simpósio Brasil-França discute biodiversidade na Amazônia

Simpósio Brasil-França discute biodiversidade na Amazônia

Autoridades governamentais e científicas destacam a importância da cooperação Brasil-FrançaAutoridades governamentais e científicas destacam a importância da cooperação Brasil-França
Na Semana Mundial do Meio Ambiente, a Universidade Federal do Amazonas recebe pesquisadores nacionais e internacionais em simpósio sobre Biodiversidade. O evento é promovido pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) em parceria com a Academia de Ciências da França e ocorre até sexta-feira, 08, no auditório Rio Solimões, setor Norte do Campus Universitário.

A Amazônia e a Ufam foram escolhidas como cenário ideal para a realização do Simpósio Internacional Brasil-França sobre Biodiversidade, cujo objetivo é encorajar e estimular a produção científica em torno do tema. Durante os quatro dias do evento, várias discussões serão suscitadas para fortalecer a proposta do simpósio.

Na manhã desta terça-feira, 5, a solenidade de abertura do evento reuniu lideranças acadêmicas e diplomáticas. O presidente da ABC, Luiz Davidovich, discorreu sobre a colaboração entre os dois países e destacou o documento entregue aos pré-candidatos à presidência do Brasil, com sete propostas em ciência e inovação. “É uma importante agenda para nós”, expôs o presidente ao mencionar os aspectos em comum entre os dois países, o que contribui para maior sucesso do trabalho conjunto.

Representando o reitor da Ufam, o vice-reitor, professor Jacob Cohen, além de agradecer pela escolha da Universidade como sede do Simpósio Bilateral, discorreu sobre a necessidade de uso racional da Amazônia. “É uma honra recebê-los, principalmente, para tratar da diversidade dessa Amazônia enorme. Ver como é possível, com a presença de academias do pensamento e da tecnologia, podermos avançar no sentido de tornar a Amazônia um polo produtivo, desenvolvido, mas com sustentabilidade”, discursou o vice-reitor.

Presente à solenidade de abertura, o secretário honorário perpétuo da Academia de Ciências da França, Jean François Bach, frisou que o tema do simpósio é atualmente preocupação brasileira e mundial. O secretário lembrou a atuação do documentarista, cineasta, oceanógrafo francês Jacques-Yves Cousteau, falecido em 1997, que realizou uma expedição na Amazônia em 1982 e passou a debater sobre a necessidade de preservar a região. “Este é um encontro importante e a presença de vocês demonstra o interesse pelo tema”, afirmou.

Pesquisadores e estudantes discutem Biodiversidade até sexta, 08, na Ufam.Pesquisadores e estudantes discutem Biodiversidade até sexta, 08, na Ufam.Álvaro Prata, secretário do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações do Brasil (MCTIC), lembrou a longínqua relação entre as duas nações em prol do conhecimento, uma vez que muitos pesquisadores e estudantes buscaram na França o aperfeiçoamento de sua formação ao longo da história do Brasil. “A França é um parceiro de longa data. Poder usar essa parceria em benefício do conhecimento e da biodiversidade é extremamente importante para o Brasil e penso que tanto brasileiros quanto franceses terão muito a ganhar. O Ministério se coloca aqui como uma importante instituição que espera ser capaz de apoiar as iniciativas que possam surgir desse evento”, disse Prata.

“A parte importante do trabalho de vocês é de manter o povo da Amazônia. Eles podem fazer um trabalho sustentável na terra deles e serem os melhores guardiões dessa floresta inteira”, declarou aos pesquisadores, Dominique Chevé, cônsul honorário da França em Manaus. Segundo Chevé, por meio do conhecimento, da pesquisa e da educação, serão apontados os melhores caminhos para o povo da região. “Essa região e essa diversidade não terão futuro sem o povo da Amazônia”, defendeu.

Programação
Durante o evento serão realizadas sessões com a participação de estudiosos de várias instituições, como o Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Fiocruz e Instituto Pasteur, os quais abordarão temas como: “O que está escondido na Biodiversidade (Farmacologia e Produtos Naturais); “Impactos do uso da Terra, Mudanças Globais e Globalização da Biodiversidade” e “Impactos da Biodiversidade na Saúde Humana”.

Fonte:Ascom Ufam

Lixões são maior problema ambiental do Amazonas, diz conselheiro do TCE

Conselheiro do TCE convida alunos a serem ecocidadãos. Conselheiro do TCE convida alunos a serem ecocidadãos.
Os lixões a céu aberto foram indicados como o maior problema ambiental do Amazonas em palestra proferida pelo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Júlio Pinheiro. A atividade resulta da parceira entre Ufam, TCE e Universidade do Estado do Amazonas (UEA) em comemoração à Semana Mundial do Meio Ambiente.

O encontro reuniu estudantes de cursos de graduação e pós-graduação no Centro de Ciências do Ambiente (CCA) na manhã desta quinta-feira, 7. De acordo com o conselheiro do TCE, várias auditorias têm sido realizadas em todo o Estado com o intuito de verificar o cumprimento da legislação ambiental pelos órgãos fiscalizados.

Segundo o trabalho realizado pelo TCE, os lixões a céu aberto estão presentes em 61 dos 62 municípios do Amazonas, o que acarreta uma série de problemas não só para o meio ambiente, mas também para a saúde humana. De acordo com o palestrante, mesmo Manaus que, oficialmente é classificada como cidade que possui aterro sanitário, não atende aos critérios para merecer tal nomenclatura.

“Manaus não tem um aterro sanitário porque não tem os pré-requisitos de aterro sanitário. Tão pouco tem um aterro controlado porque realmente não preenche os pré-requisitos. Não existe tratamento, como deveria existir, dos efluentes. As lagoas de decantação, por exemplo, são absolutamente desproporcionais daquilo que seriam efetivamente as condições técnicas de um aterro controlado”, revelou ao introduzir a expressão “lixão com porteira” como termo correto a ser utilizado.

O TCE passou a atuar no controle preventivo para evitar os danos ambientais com base na Constituição de 1988 e na Lei 8.666 de 1993, que regulamenta licitações e contratos da administração pública. “Defendemos a perspectiva do risco, porque quando acontece o dano, o agir posteriormente causa a instalação do prejuízo e dos conflitos resultantes também. Quando agimos preventivamente, monitoramos as ameaças, planejamos as ações e cumprimos o ordenamento jurídico, evitando o dano ambiental”, explica o conselheiro.

TCE defende atuação na perspectiva de risco ambiental para evitar danos concretos.TCE defende atuação na perspectiva de risco ambiental para evitar danos concretos.Apresentando casos auditados pelo Tribunal em Manaus e nos municípios do interior do Amazonas, Pinheiro relatou a situação dos lixões a céu aberto localizados em todos eles. 

A presença de lixo hospitalar, urubus e animais domésticos, o predomínio de produtos plásticos, a queima de resíduos entre outros indicadores atestam a ausência de atenção como o tema, ignorando as consequências que cada uma dessas variáveis pode trazer tanto para o meio ambiente quanto para animais e seres humanos. 

No município de São Gabriel da Cachoeira, por exemplo, foram encontradas ampolas e bolsas de sangue, alem de seringas e vísceras humanas. “Isso é para mostrar o descaso das nossas autoridades com a saúde da população”, declarou o membro do TCE.

Como resultado das auditorias realizadas, o TCE desenvolveu uma cartilha educacional para orientar quanto à prática da ecocidadania, levando a sociedade a atuar na busca por um ambiente preservado. Outra ação do Tribunal foi a criação da ouvidoria ambiental itinerante, a qual a partir das informações colhidas com a população faz a fiscalização de órgãos denunciados. A iniciativa rendeu ao TCE o prêmio Innovare de 2015 para preservação do meio ambiente. “Não temos o poder de polícia, mas temos o poder de fiscalizar o poder público para que se faça a coisa certa”, disse Júlio Pinheiro.

Representando o reitor da Ufam, a assessora ambiental da reitoria, professora Terezinha Fraxe, informou que a palestra é mais uma das atividades que englobam as ações conjuntas entre os órgãos parceiros na Semana Mundial do Meio Ambiente. “Desde o dia 5 realizamos palestras, visitas às escolas públicas do entorno da Ufam, também uma bicicletada para verificar locais para a instalação de bicicletários na Universidade”, alistou. “A construção desses bicicletários vai mitigar com muita intensidade a emissão de gás carbônico na natureza”, avaliou a docente.

Fonte:Ascom Ufam
 
 

Alunos de Ciências Agrárias do INC realizam evento sobre sabores e saberes amazônicos

Discentes do curso de Ciências Agrárias e do Ambiente do Instituto de Natureza e Cultura da Universidade Federal do Amazonas, em Benjamin Constant, coordenados pelos professores Ismael da Silva Negreiros e Vilomar Bispo da Silva, realizam o evento 'Hoje vai ter feira! Saberes e Sabores Amazônicos', com o objetivo enfatizar a segurança, autonomia alimentar e a relação com a natureza na produção de saberes, sobretudo dos povos tradicionais e indígenas da região.

Com realização no dia 13 de junho, nas dependências do Instituto a partir das 8h e aberto a toda a comunidade, a atividade terá a participação de pesquisadores da região da Amazônica, como o pesquisador principal do Instituto Amazónico de Investigaciones Científicas Sinchi/Colômbia, professor Luís Eduardo Acosta Munoz, e a professora do Programa de Pós-Graduação em Sociedade e Cultura na Amazônia-PPGSCA/Ufam, Iraildes Caldas Torres, bem como a participação de pesquisadores do Alto Solimões, entre eles o professor José Maria Trajano Vieira (INC/Ufam) e a antropóloga indígena Tikuna Josiane Otaviano Guilherme.

Haverá ainda feira de produtos regionais e tradicionais, como artesanato, plantas medicinais, comidas regionais e chás durante o evento, que contará também com o projeto de extensão ‘Cine Club Itinerante: Natureza e Cultura em Cena’, que exibirá o documentário ‘Vida Ribeirinha’ e, ao final, serão realizadas apresentações culturais.

Fonte:Ascom Ufam