Com o enredo “Xingu,
o clamor da floresta”, a escola de samba Imperatriz Leopoldinense homenageou os
primeiros habitantes do Brasil, os índios, por meio do carnavalesco Cahê
Rodrigues.
A Imperatriz contou
na avenida do samba as lendas e mistérios da floresta, alertando para a
necessidade de respeito à cultura dos povos da florestas e a preservação da
natureza. O enredo é uma declamação
poética das belezas e simplicidade dos modos de vida das 17 etnias indígenas
que vivem no Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso.
A escola de samba
destacou a exuberância do verde das florestas, a luta dos povos para preservar
o meio ambiente os saberes tradicionais. A escola lembrou a trajetória dos sertanistas
Orlando e Cláudio Villas-Bôas, que se
dedicaram aos estudos dos indígenas brasileiros, e muito contribuíram com o
legado da criação do Xingu.
Xingu, o clamor da floresta
Autores: Moisés Santiago,
Adriano Ganso, Jorge do Finge e Aldir Senna. Intérprete: Arthur Franco.
Brilhou…
a coroa na luz do luar!
Nos troncos a eternidade… a reza e a magia do pajé!
Na aldeia, com flautas e maracás
Kuarup é festa, louvor em rituais
Na floresta… harmonia, a vida a brotar
Sinfonia de cores e cantos no ar
O paraíso fez aqui o seu lugar
Jardim sagrado o caraíba descobriu
Sangra o coração do meu Brasil
O belo monstro rouba as terras dos seus filhos
Devora as matas e seca os rios
Tanta riqueza que a cobiça destruiu
Sou o filho esquecido do mundo
Minha cor é vermelha de dor
O meu canto é bravo e forte
Mas é hino de paz e amor
Sou guerreiro imortal derradeiro
Deste chão o senhor verdadeiro
Semente, eu sou a primeira
Da pura alma brasileira
Nos troncos a eternidade… a reza e a magia do pajé!
Na aldeia, com flautas e maracás
Kuarup é festa, louvor em rituais
Na floresta… harmonia, a vida a brotar
Sinfonia de cores e cantos no ar
O paraíso fez aqui o seu lugar
Jardim sagrado o caraíba descobriu
Sangra o coração do meu Brasil
O belo monstro rouba as terras dos seus filhos
Devora as matas e seca os rios
Tanta riqueza que a cobiça destruiu
Sou o filho esquecido do mundo
Minha cor é vermelha de dor
O meu canto é bravo e forte
Mas é hino de paz e amor
Sou guerreiro imortal derradeiro
Deste chão o senhor verdadeiro
Semente, eu sou a primeira
Da pura alma brasileira
Jamais se
curvar, lutar e aprender
Escuta menino, Raoni ensinou
Liberdade é o nosso destino
Memória sagrada, razão de viver
Andar onde ninguém andou
Chegar aonde ninguém chegou
Lembrar a coragem e o amor dos irmãos
E outros heróis guardiões
Aventuras de fé e paixão
O sonho de integrar uma nação
Escuta menino, Raoni ensinou
Liberdade é o nosso destino
Memória sagrada, razão de viver
Andar onde ninguém andou
Chegar aonde ninguém chegou
Lembrar a coragem e o amor dos irmãos
E outros heróis guardiões
Aventuras de fé e paixão
O sonho de integrar uma nação
Kararaô…
kararaô… o índio luta pela sua terra
Da Imperatriz vem o seu grito de guerra!
Salve o verde do Xingu… a esperança
A semente do amanhã… herança
O clamor da natureza
A nossa voz vai ecoar… preservar!
Da Imperatriz vem o seu grito de guerra!
Salve o verde do Xingu… a esperança
A semente do amanhã… herança
O clamor da natureza
A nossa voz vai ecoar… preservar!