Representantes das Instituições de Ensino Superior de Roraima, da
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa-RR) e do Instituto
de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação (IACTI) reuniram-se, nesta
quinta-feira (16) com os secretários da Casa de Civil do Estado de
Roraima, Oleno Matos, titular, e Shiska Palamitshchece Pereira Pires,
adjunto. O encontro foi no Palácio do Governo, para discutir uma
proposta de criação da Fundação de Amparo à Pesquisa de Roraima
(FAP-RR).
Participaram da reunião os reitores das Universidades Federal e
Estadual de Roraima (UFRR e UERR), Jefferson Fernandes e Regys Freitas,
respectivamente. Do Instituto Federal de Roraima (IFRR) estiveram
presentes o pró-reitor de Extensão, Nadson Castro dos Reis; a diretora
de Políticas de Pesquisa e Pós-Graduação, Daniele Sayuri Fujita e o
diretor do Núcleo de Inovação Tecnológica, Vinícius Tocantins Marques.
Além do analista de Ciência e Tecnologia do IACTI, Andrey Terada e dos
chefes geral e adjunto da Embrapa-RR, Otoniel Ribeiro Duarte e Aloisio
Alcantara Vilarinho, respectivamente.
Inicialmente
o reitor da UFRR, Jefferson Fernandes frisou a baixa captação de
recursos da Finep, empresa pública brasileira de fomento à ciência,
tecnologia e inovação, entre outras instituições, pelo fato de Roraima
ainda não possuir uma FAP no âmbito estadual. Em junho de 2016, o
presidente da Finep, médico e cientista Wanderley de Souza, esteve na
UFRR e afirmou que Roraima é um dos Estados que recebem menor
financiamento da instituição.
Na ocasião, o presidente da Finep apresentou que a instituição, de
2002 a 2016, disponibilizou 4,88% do desembolso de projetos não
reembolsáveis para universidades e ICTs para Roraima, enquanto que o
Amazonas e o Pará receberam 45,08% e 33,52%, respectivamente. A maioria dos editais reserva cerca de 30% dos recursos para as
regiões Norte e Nordeste. Para 2018, a previsão é que a Finep libere
cerca de R$48 milhões para projetos voltados à ciência, inovação e
tecnologia.
O reitor da UERR, Regys Freitas sugeriu que seja feita uma
reformulação da estrutura do IACTI, proposta que foi aceita pelos
demais. Com isso, os representantes das instituições frisaram que a
implantação da FAP-RR não vai onerar o Estado, pois aproveitará uma
estrutura estadual que já existe.
A reformulação mudaria a natureza jurídica e a estrutura orgânica do
Instituto estadual para atender as demandas da FAP-RR e, assim, evitar o
retorno de recursos. O reitor da UFRR destacou que a instituição teve
em 2016, a possibilidade de receber R$ 8 milhões, porém o edital faria o
repasse apenas via FAP. Já existe uma reforma administrativa do governo
em andamento na Assembleia Legislativa (ALE).
Os secretários da Casa Civil se comprometeram a ajudar na articulação
política junto aos deputados da ALE e à governadora Suely Campos, para
dar celeridade ao processo de implantação da Fundação de Amparo à
Pesquisa de Roraima. O chefe-geral da Embrapa-RR ressaltou que a implantação de uma FAP no
Estado vem sendo discutida há sete anos. “Precisamos garantir que o
fundo seja implementado para que deixemos de receber recursos para
ciência e tecnologia”, disse Otoniel Duarte.
Portal da ufrr
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