sexta-feira, 31 de março de 2017

SEDUC convoca professores aprovados em PSS para atuação em unidades do sistema prisional

  CONVOCAÇÃO SISTEMA PRISIONAL






















A Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (SEDUC) convoca 4 professores aprovados no Processo Seletivo Simplificado (PSS 2017) para atuação específica em unidades prisionais atendidas pelo sistema público estadual de ensino em Manaus. Os docentes convocados atuarão na escola estadual Giovanni Figlioulo e deverão se apresentar na próxima sexta-feira, dia 31 de março, das 8h às 10h, para atendimento de lotação funcional.
Acesse aqui a relação dos convocados: Convocação PSS Sistema Prisional

De acordo com a Secretaria, o atendimento lotacional respeitará a ordem classificatória dos candidatos no PSS. A relação com os nomes dos profissionais convocados e a respectiva ordem de classificação no PSS 2017 pode ser acessada no site da Seduc: www.educacao.am.gov.br.

O atendimento aos professores convocados será realizado na Gerência de Promoção e Valorização do Servidor (Gervs), localizada na Avenida Waldomiro Lustoza, nº 350, bairro Japiim 2 (na sede da SEDUC).

Documentação exigida
Os candidatos convocados deverão se dirigir ao local especificado, munidos de três cópias legíveis dos seguintes documentos: Carteira de Identidade (RG); CPF; PIS/PASEP (comprovante/extrato); Título de Eleitor; Comprovante de Quitação Eleitoral; Certificado Militar (para homens); Comprovante de Residência (Água ou Telefone); Extrato de Conta Corrente (somente Bradesco); Comprovante de Habilitação (Diploma e Histórico de Graduação); e 2 Fotos 3×4.

Inscrições para o Parlamento Jovem Brasileiro (PJB) podem ser feitas até o dia 9 de junho

Inscrições para o Parlamento Jovem Brasileiro (PJB) podem ser feitas até o dia 9 de junho

BANNER SITE - PARLAMENTO JOVEM BRASILEIRO
A Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (SEDUC) informa à comunidade escolar que estão abertas até o dia 9 de junho as inscrições para a 14ª edição do Parlamento Jovem Brasileiro (PJB).  Para participar, os estudantes devem estar cursando o Ensino Médio (2º ou no 3º ano) ou técnico (2º, 3º ou 4º ano) de escolas públicas e particulares de todo o Brasil, com idade entre 16 e 22 anos.

Segundo o manual de procedimentos do PJB, os estudantes interessados em participar deverão elaborar um projeto de lei que proponha mudanças para melhorar a realidade do País. O tema é livre, mas deve ter impacto nacional.

As inscrições devem ser enviadas para o e-mail amazonas.pjb2017@gmail.com. A gerência de Ensino Médio da SEDUC, sob a coordenação do professor Antônio Menezes, fará uma pré-seleção dos melhores projetos, com base em critérios definidos pela Câmara dos Deputados, a qual selecionará 78 estudantes para se tornarem deputados jovens, representando cada estado brasileiro.

Acesse aqui a ficha de inscrição e o manual de procedimentos do PJB 2017. 
Para efetivar as inscrições, o estudante deverá enviar a proposta do projeto de lei, juntamente com a ficha de inscrição, disponível no endereço eletrônico www.camara.leg.br/pjb; a cópia do documento de identidade válido e legível; termo de autorização do responsável, assinado, caso o aluno tenha menos de 18 anos (também disponível no site acima) e a declaração de que o estudante está matriculado regularmente no ensino médio/técnico, constando o ano que está cursando.

A escolha dos 78 estudantes acontecerá durante um evento realizado entre os dias 25 e 29 de setembro de 2017, na Câmara dos Deputados.
Processo seletivo
O processo seletivo do PJB tem duas etapas: a pré-seleção, realizada pelas Secretarias de Educação de cada Estado e do Distrito Federal, e a seleção final, realizada por servidores da área legislativa da Câmara dos Deputados.

Na pré-seleção dos projetos, a Secretaria de Educação de cada estado coordenará de forma autônoma o processo de análise e escolha dos melhores projetos de lei inscritos, utilizando as estratégias de seleção que julgar mais convenientes, mas atendendo a todas as diretrizes gerais e critérios estabelecidos pela Câmara dos Deputados.

Na seleção final realizada pela Câmara dos Deputados, os projetos de lei serão analisados e classificados pelos servidores da área legislativa de acordo com os seguintes critérios: originalidade; justificativa da proposição; clareza, precisão e ordem lógica; relevância/mérito da proposição para a sociedade; adequado uso da modalidade escrita; proposição de âmbito nacional/federal; e técnica legislativa (adequação ao gênero textual).

PJB
O Parlamento Jovem Brasileiro é realizado anualmente e tem por objetivo possibilitar aos alunos de ensino médio de escolas públicas e particulares a vivência do processo democrático, mediante a participação em uma jornada parlamentar na Câmara dos Deputados, em que os estudantes tomam posse e atuam como deputados jovens.
A experiência possibilita a formação de um conceito positivo acerca do Poder Legislativo, informa sobre o processo legislativo e educa para a participação e a cidadania.

quinta-feira, 23 de março de 2017

MPF/AM vistoria indústrias de água mineral e flagra irregularidades em embalagens

Inspeção-surpresa foi realizada na manhã desta quarta-feira, em parceria com o Sindicato da Indústria de Bebidas em Geral no Amazonas; objetivo era fiscalizar cumprimento de acordo
MPF/AM vistoria indústrias de água mineral e flagra irregularidades em embalagens
Foto: Ascom PR/AM
O Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM) realizou, na manhã desta quarta-feira, 22 de março, inspeção-surpresa em três indústrias de água mineral em Manaus e na região metropolitana, em parceria com o Sindicato da Indústria de Bebidas em Geral no Amazonas, e encontrou irregularidades em uma das empresas: a Minalar Água Mineral da Amazônia. A vistoria flagrou diversos garrafões com a marca de outras indústrias já envasados e prontos para revenda, com o rótulo da Minalar, em descumprimento ao acordo assinado pela própria empresa com o MPF.

A inspeção tinha por objetivo verificar o cumprimento do termo de ajustamento de conduta assinado em setembro de 2016 por cinco empresas e pelo sindicato patronal do setor, para regularizar o sistema de embalagem retornável de uso exclusivo de garrafões de água mineral de dez e 20 litros. Foram visitadas as empresas Santa Cláudia e Minalar, em Manaus, e Nossa Água, na abrangência do município de Iranduba, região metropolitana de Manaus. Foram flagradas irregularidades apenas na empresa Minalar.

Pelos termos do acordo, os vasilhames com a logomarca moldada em resina só podem ser envasados pela empresa responsável pela identificação visual do garrafão. De acordo com a procuradora da República Luisa Sangoi, que conduziu a fiscalização, a medida visa proteger a saúde do consumidor e também o meio ambiente. "Se uma empresa envasa água contaminada no garrafão de outra indústria, com a retirada do rótulo fica impossível responsabilizar os devidos culpados pelos danos à saúde do consumidor", explicou ela. A procuradora acrescentou ainda que o mesmo impasse ocorre na destinação dos garrafões com validade expirada. "Sem a garantia da procedência, não há como os órgãos de fiscalização saberem quem foi o responsável por eventual destinação inadequada de garrafões vencidos", completou.

O MPF/AM irá tomar as providências cabíveis em virtude do descumprimento do termo de ajustamento de conduta pela Minalar. O termo prevê aplicação de multa no valor de R$ 10 mil por garrafão encontrado no mercado comprovadamente utilizado de forma indevida no envasamento de água.

O órgão convoca os consumidores a denunciarem situações de irregularidades verificadas no dia a dia, durante as aquisições de água mineral nas residências e empresas. Para informar o MPF, basta enviar a denúncia pelo site cidadao.mpf.mp.br, se possível com fotos, ou comparecer pessoalmente à Sala de Atendimento ao Cidadão, na avenida Ephigênio Sales, 1570, Aleixo, de 8h às 15h, de segunda a sexta-feira. A verificação é simples: a marca exibida no próprio garrafão precisa ser a mesma do rótulo. Caso sejam diferentes, há irregularidade que pode ser comunicada ao MPF, inclusive pelo aplicativo "SAC MPF", disponível gratuitamente para smartphones na Apple Store e Google Play.

Fiscalizações continuam – Novas vistorias-supresa deverão ser realizadas como parte da fiscalização do cumprimento do acordo. O órgão ressalta ainda que as distribuidoras de bebidas, comerciantes finais dos garrafões de água junto ao consumidor, também poderão ser responsabilizadas caso pratiquem irregularidades na devolução às indústrias. Segundo a procuradora da República Luisa Sangoi, o órgão estuda medidas a serem adotadas também em relação à atividade das distribuidoras.
Fonte:Ascom MPF AM

domingo, 19 de março de 2017

Previsão do Inpa aponta que cheia do rio Negro em 2017


A previsão de cheia do rio Negro para este ano, em Manaus (AM), que normalmente atinge o pico na segunda quinzena de junho, indica que deverá alcançar entre 28,88 e 29,48 metros (média de 29,18 metros) e poderá causar grandes impactos sociais e econômicos para as zonas urbanas críticas e para os ribeirinhos. A informação é do pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), Jochen Schongart, de acordo com o modelo matemático que desenvolveu de previsão de cheias do rio Negro. 

“Teremos novamente uma cheia acentuada, que continua nessa tendência no aumento da frequência e intensidade das cheias, o que se tem observado nos últimos 30 anos”, diz o pesquisador, que faz parte do grupo de pesquisa Ecologia, Monitoramento e Uso Sustentável de Áreas Úmidas (Maua). A média histórica do rio Negro é de 27,87 metros com base nos dados que se tem desde 1903. A margem de erro para a previsão deste ano é de 30 centímetos para cima ou para baixo.      

Para Schongart, a previsão de cheia em 29,18 metros é alarmante, porque com isso ocorreram seis grandes cheias com mais de 29 metros nos últimos dez anos. “Tivemos grandes cheias em 2009, 2012, 2013, 2014 e 2015 e, este ano, também será uma grande cheia. Isso é algo que nunca foi observado nos dados que existem desde setembro de 1902.

Em 2015, o nível do rio atingiu 29,66 metros, em 2014 e 2013 foram registradas as marcas de 29,33 metros e 29,50 metros, respectivamente, e em 2012, atingiu 29,97 metros, a maior cheia no registro, e em 2009, foi de 29,77 metros. Antes disso, Manaus teve cheias acima de 29 metros somente na década 1970 (1971, 1975, 1976), e nos anos de 1953, 1922 e 1909.

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O pesquisador do Inpa explica que a variabilidade de cheias na Amazônia Central depende muito das condições do Pacifico Equatorial. “No ano passado, tivemos a forte influência do fenômeno El Niño (aquecimento das águas superficiais na região central e leste do Pacífico Equatorial que resultou numa cheia não muito forte e que ficou abaixo da cheia nos níveis máximos históricos, alcançando 27,18 metros” explica Schongart. 

“O valor previsto para este ano está exatamente a dois metros acima desse valor”, destaca o pesquisador, acrescentando que outro fator que resulta na intensificação do regime de cheias são oscilações multidecadais como a Oscilação Decadal do Pacifico (ODP) que tem fases frias e quentes e que duram 20 a 30 anos. “Quase todos os anos com cheias acima de 29 metros no registro ocorreram durantes fases frias da ODP”, destaca.  
  
Para Schongart, estas cheias mais pronunciadas muitas vezes são causadas pelo fenômeno de La Niña, que ocorreu no ano passado se formando no Pacífico Equatorial. “A La Niña é o esfriamento das águas superficiais na região central-leste do Pacífico Equatorial que intensifica as circulações atmosféricas trazendo mais chuvas para a Amazônia”, explica. “E essas chuvas que caem nas cabeceiras acima das condições normais resultam numa grande cheia”, completa. 
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 Foto: Acervo Ascom Inpa
Schongart também comenta que o nível das águas em janeiro subiu de maneira tão rápida e que isso nunca foi observado nos dados que se tem no Porto de Manaus nos últimos 114 anos. “No início de janeiro, a enchente aumentou mais de 20 cm por dia. Essas diferenças diárias altas são algo comuns para as vazantes, mas para as enchentes é algo totalmente anormal”, ressalta.  

Alerta
O pesquisador lembra que já há casos alarmantes como, por exemplo, na região do alto Juruá, e alerta as autoridades para que se preparem para enfrentar esta cheia na região de Manaus e no entorno, dando suporte aos moradores nas zonas urbanas críticas e aos ribeirinhos, que já devem começar a programar suas atividades econômicas com a colheita das roças e a retirada do gado para áreas de terra firme ou em cima de marombas. 

“Com relação à extração de madeira, esta será favorável porque terá fácil acesso às florestas alagáveis. Mesmo àqueles que estão em topografia mais altas, a cheia facilitará este tipo de atividade econômica, mas para outras atividades (agropecuária e agricultura), a cheia poderá trazer grandes impactos”, diz Schongart.
Fonte:Ascom Inpa

Seduc/AM:Aberta as Inscrições para o Programa Ciência na Escola (PCE)


Inscrições para o Programa Ciência na Escola (PCE) deste ano podem ser feitas até o dia 24 de abril

 
PCE
Estudantes e professores das escolas públicas esta duais e municipais podem se inscrever no Programa Ciência na Escola (PCE) até o dia 24 de abril. Neste ano, o Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), investirá mais de R$ 2,4 milhões em recursos para o programa, que apoiará ao todo, 420 projetos.

Desenvolvido em parceria com as secretarias de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (SEDUC) e Municipal de Educação (Semed Manaus) e pela Secretaria de Estado de Planejamento, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Seplancti), o PCE tem o objetivo de apoiar a participação de professores e estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio em projetos de pesquisa científica a serem desenvolvidos em escolas públicas estaduais sediadas no Amazonas e municipais de Manaus.

Os interessados em participar do programa devem apresentar suas propostas em formulário online e enviar através do sistema SIGFAPEAM, disponível no endereço eletrônico http://www.fapeam.am.gov.br/. É necessário preencher e anexar ainda os seguintes documentos: currículo lattes atualizado em 2017; cópias do diploma de graduação ou do comprovante de conclusão do curso de graduação; cópias do CPF e RG; e carta de aunência do gestor da escola onde será executado o projeto.

De acordo com o edital, cada proposta poderá contemplar uma bolsa para Professor Ciência na Escola, no valor de R$ 461,00 pelo período de seis meses, e até cinco bolsas de Iniciação Científica Tecnológica Júnior, no valor de R$ 120,00 pelo período de 5 meses.

Para a coordenadora do PCE na SEDUC, Simara Abrantes, o PCE tem sido muito importante para a formação dos estudantes da rede estadual. “Principalmente pelo fato de incentivar o interesse pela pesquisa científica”, explicou a coordenadora, acrescentando que em todos os anos, a participação das escolas estaduais no programa tem sido bastante expressiva.

Ainda segundo a coordenadora do programa na SEDUC, as escolas que, no ano passado, participaram do projeto e desejam participar também neste ano, devem submeter novamente suas propostas, modificando a estrutura do projeto anterior.

“As escolas que já participaram do PCE e que desejam participar este ano, devem fazer novamente a sua inscrição, alterando os objetivos do projeto anterior, a justificativa e o título, por exemplo”, informou Simara.
Projetos da rede estadual
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Mostra de projetos PCE 2016.
No ano de 2016, foram 369 projetos das escolas públicas estaduais no Programa Ciência na Escola, divididos em unidades de ensino localizadas na capital e no interior do Estado. Dentre as ações executadas no ano passado estavam os seguintes projetos: “Transformando a Química em arte”, desenvolvido pela Escola Estadual Maria Madalena Santana de Lima (Armando Mendes), e “Mama África”, executado pela Escola Estadual Vicente Schettini (Nossa Senhora Aparecida).

O primeiro, coordenado pela professora Nancy Barbosa, tinha como proposta desmistificar a visão que muitos alunos têm da disciplina de Química, tornando-a mais dinâmica e atrativa. Com esse propósito, os estudantes confeccionaram cosméticos, velas artesanais e outros produtos presentes no dia-dia. Já o projeto “Mama África” teve como foco a diversidade cultural no Brasil e o combate ao racismo na sociedade. A ação foi coordenada pela professora Glaucilene Hauradou.

O edital completo do Programa Ciência na Escola pode ser consultado no site da SEDUC: www.educacao.am.gov.br. A divulgação dos resultados será em junho e o início dos projetos será a partir de julho de 2017.
Com informações do Portal da SEDUC/AM

sábado, 18 de março de 2017

Justiça acata pedidos do MPF e bloqueia bens de responsáveis por garimpo ilegal no AM


A pedido do Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM), a Justiça determinou o bloqueio de bens em nome da Cooperativa Extrativista Mineral Familiar do Garimpo do Rio Juma (Cooperjuma), responsável pelo garimpo do Juma, situado entre os municípios de Novo Aripuanã e Apuí, interior do Amazonas, e da empresa Embloco Indústria e Comércio de Exploração e Beneficiamento de Minerais Ltda., que comprou posteriormente o direito de explorar minérios na área. A empresa e a cooperativa devem, ainda, apresentar plano emergencial de manutenção e recuperação das barragens de rejeitos deixadas no local no prazo máximo de 90 dias. 
 
A decisão atende a pedidos do MPF/AM em ação civil pública ajuizada para exigir a recuperação de todos os danos causados ao meio ambiente pelas atividades de exploração de minério de ouro no garimpo do Juma. Para garantir o custeio das medidas de recuperação que poderão ser determinadas na sentença, a Justiça também obrigou a cooperativa e a empresa a realizarem caução real, respectivamente, dos valores de R$ 110 milhões e R$ 55 milhões, mesmos valores a serem bloqueados pela Justiça.

Aos órgãos de fiscalização, a decisão da Justiça determina abstenção de concessão ou renovação de licenças ou autorizações para qualquer atividade de extração mineral em toda a região do garimpo do Juma, sob pena de multa diária de R$ 10 mil a ser aplicada ao patrimônio pessoal dos gestores do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). As atividades de exploração de minérios e reprocessamento de rejeitos minerais na área do garimpo e em seu entorno foram proibidas pela Justiça.

Os órgãos processados devem ainda elaborar plano de fiscalização na área explorada para vistorias periódicas a cada três meses, com apresentação dos relatórios detalhados à Justiça para permitir o acompanhamento dos riscos e monitoramento de possível agravamento de danos ambientais. Caso descumpram a determinação judicial, os gestores podem ser multados pessoalmente em R$ 100 mil.

Na decisão, a Justiça reconhece o descaso do poder público no acompanhamento e fiscalização da atividade que levou à devastação do local e chama a atenção para o risco de rompimento das barragens lá deixadas, sem qualquer manutenção. "Não é preciso ser perito para saber dos graves danos decorrentes do rompimento de barragens de rejeitos minerais, independentemente do tamanho ou volume destas barragens. Basta pensarmos no desastre ecológico de Mariana-MG, quando do rompimento de barragem de rejeitos minerais da empresa Samarco", cita trecho do documento.

A ação civil pública segue em tramitação na 7ª Vara Federal do Amazonas, sob o número 2733-78.2017.4.01.3200. Cabe recurso em relação à decisão.

Descaso e prejuízos – Considerando a estimativa feita pelo Ipaam (dez toneladas de ouro retiradas do local), supõe-se que o bem da União obtido ilicitamente na exploração dos recursos minerais então existentes foi de R$ 1,1 bilhão. A Cooperjuma, portanto, teria recebido R$ 1,1 milhão desse valor. No entanto, seus representantes atualmente alegam que a mesma não possui recursos para realizar as medidas compensatórias a que se comprometeu no licenciamento ambiental e no acordo assinado com os órgãos ambientais, tendo inclusive celebrado contrato de arrendamento com a empresa Embloco – também processada pelo MPF – para tentar se livrar das responsabilidades ambientais.

Para a Justiça Federal, o total descontrole na exploração de minério no garimpo do Juma é resultado de descaso do poder público, que tratou o caso com "displicência", ao autorizar o empreendimento de exploração mineral sem ter conhecimento das regras de funcionamento, dos componentes e patrimônio da cooperativa responsável. "A falta de compromisso, organização, controle e planejamento para permitir atividades desta envergadura pode resultar em ausência absoluta de meios para responsabilizar aqueles que tenham se beneficiado, de fato, com a exploração do minério de ouro na região", alertou trecho da decisão.

Unidade de conservação – Na ação, o MPF/AM menciona manifestação do Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade (ICMBio) de que a área do garimpo coincide em sua maior parte com uma Unidade de Conservação Federal, a Floresta Nacional Aripuanã. A questão envolvendo a criação dessa unidade de conservação federal e outras do Sul do Estado do Amazonas tem sido alvo de pressão por parlamentares do Amazonas, que querem a revisão dos decretos de criação de áreas protegidas editados pela ex-presidente Dilma Rousseff antes de deixar o governo, para reduzir o tamanho das reservas.

Nos pedidos finais, o MPF quer ainda que os processados sejam obrigados a realizar ações educativas sobre a necessidade de compatibilizar a atividade garimpeira com a preservação ambiental e que o Estado do Amazonas realize estudos de viabilidade para criação e implementação de unidade de conservação na região onde funcionou o garimpo do Juma. O órgão quer ainda obrigar o Estado do Amazonas a reconhecer publicamente a violação de direitos humanos ocorrida no garimpo, decorrente da omissão dos órgãos em fiscalizar as irregularidades e as condições desumanas vivenciadas no local.

Devastação – A exploração de ouro no local esteve no auge entre 2007 e 2012, quando milhares de trabalhadores foram à região em busca da promessa de enriquecimento rápido no chamado "Eldorado do Juma". Distante da presença do Estado, já que a área de garimpo fica a centenas de quilômetros da sede urbana do município de Novo Aripuanã, a paisagem no local foi transforada em poucos anos: assoreamento do rio Juma por rejeitos de barragens rompidas – que afetam também a bacia do rio Madeira, grandes clareiras abertas na mata, lençóis freáticos e rios contaminados. As condições precárias de sobrevivência no local levaram à morte dezenas de pessoas que se arriscaram, com a anuência dos órgãos do Estado, a trabalhar no local. Estimativas do Ipaam dão conta de que foram retiradas em torno de dez toneladas de ouro da área.

Na avaliação do MPF/AM, os fatos demonstrados pela ação causaram grave dano social e violações a direitos humanos, como o direito à saúde dos garimpeiros e pessoas afetadas pela atividade e o direito à dignidade, dentre outros. Por isso, o órgão pediu à Justiça que condene os processados ao pagamento de danos morais coletivos em valor não inferior a R$ 1 milhão, a ser determinado pela Justiça, devendo o valor ser destinado à melhoria da qualidade socioeconômica e socioambiental da região do garimpo do Juma e aos cidadãos dos municípios de Novo Aripuanã e Apuí.
Com informações Ascom MPF/AM

sexta-feira, 17 de março de 2017

UFAM XXII Semana de Filosofia ocorre entre os dias 27 e 31 de março

Estão abertas as inscrições para a 22ª Semana de Filosofia da Ufam. O evento, organizado pelo Departamento de Filosofia (DFIL), será entre os dias 27 e 31 de março, no auditório Rio Solimões, localizado no Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais (IFCHS), setor norte do campus.

Na programação, palestras, mesas-redondas, sessões de comunicação e um minicurso com o professor Marco Ruffino, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Para participar como ouvintes, os interessados devem preencher o formulário de inscrição. Todos os participantes inscritos ganharão certificado de horas complementares.

A XXII Semana de Filosofia é aberta para a comunidade acadêmica e demais instituições. A conferência de abertura ocorre no dia 27, às 18h, com o convidado professor Marco Ruffino. No mesmo dia, pela manhã, acontece a “Sessão de Comunicação”, onde bolsistas do PIBIC/Filosofia apresentarão projetos de pesquisa. 

No dia 31, às 18h, acontece a conferência de encerramento, onde as professoras da Ufam Verrah Chamma e Maria do Socorro Jatobá abordarão, respectivamente, os temas “A sociedade civil e o Estado em Hegel” e “Profecia, sabedoria e filosofia: uma análise do Cármides de Platão”. Confira a programação em anexo.
 

UFRR oferta 11 vagas em concurso para professores efetivos

A Universidade Federal de Roraima (UFRR) publicou nesta quinta-feira (16/03) um edital ofertando 11 vagas para o cargo de professor efetivo do magistério superior em diversas áreas do conhecimento. As vagas oferecidas são decorrentes de aposentadorias e de vagas não preenchidas em concursos anteriores.

A remuneração vai de R$ 3117,22 a R$ 9.570,41, dependendo do cargo, podendo ser acrescido o Auxílio-transporte, Auxílio-Alimentação, Auxílio-saúde e Auxílio Pré-Escolar, conforme a legislação. O edital N.º 26/2017-Progesp e seus anexos podem ser lidos.

Confira as vagas por área e requisitos - Para a área de Contabilidade, uma vaga foi ofertada. Os candidatos devem ter graduação em Contabilidade com Mestrado em Contabilidade ou Mestrado em Administração ou Mestrado em Desenvolvimento Regional da Amazônia ou Mestrado em Sociedade e Fronteiras. Uma vaga foi ofertada para a área de Linguística de Língua de Sinais. O requisito é ter graduação em Letras ou Linguística e mestrado em Letras, Língua Portuguesa ou Linguística e Pesquisas na área de Libras.

A área de Língua Inglesa e Literaturas Anglófonas/Linguística Aplicada abriu uma vaga também. Para concorrer é necessário ter doutorado em Língua Inglesa, Linguística ou Linguística Aplicada. Para Artes Visuais uma vaga foi ofertada. É necessário ter bacharelado ou licenciatura plena em Artes Visuais ou Artes Plásticas ou Desenho e Plástica ou Arte e Mídia. Além disso, será exigido mestrado na área de Ciências Humanas ou Educação ou Linguística, Letras e Artes.

 Outra vaga foi ofertada para a área de Artes Visuais, mas com atuação na subárea História da Arte. É exigida a graduação em Artes Plásticas, Artes Visuais ou História (Licenciatura ou Bacharelado), com Mestrado em Artes, História, Sociedade e Fronteira, Sociedade e Cultura da Amazônia, Educação ou Letras.

Na área de Saúde Materno-Infantil são quatro vagas nas subáreas Ginecologia, Obstetrícia e Neonatologia/Puericultura. O requisito é ter graduação em Medicina e especialização.  Para a área de Medicina Veterinária, há uma vaga aberta. O requisito é ser bacharel em Medicina Veterinária com Mestrado em Clínica e Cirurgia Animal ou Clínica Veterinária ou Clínica Cirúrgica Animal.  Na área de Economia, a única vaga é para quem for bacharel em Ciências Econômicas ou Economia e tiver mestrado em Ciências Econômicas ou Economia ou em Desenvolvimento Econômico.

 PRAZOS – As inscrições serão efetuadas exclusivamente na página http://sis.ufrr.br/concursos, entre os dias 20 de março e 20 de abril de 2017.  O pagamento da taxa de inscrição deverá ser efetuado obrigatoriamente por boleto bancário gerado após o preenchimento e o envio eletrônico do Requerimento de Inscrição via Internet, impreterivelmente, até o dia 20 de abril de 2017.

Não haverá isenção total ou parcial do valor da taxa de inscrição, exceto para o candidato que, cumulativamente, estiver inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e for membro de família de baixa renda, nos termos do Decreto nº 6.135/2007. O pedido de isenção deve ser feito entre 21 e 24 de março de 2017.

 O concurso terá três modalidades de avaliação: a) prova escrita - de caráter eliminatório e classificatório; b) prova didática - de caráter eliminatório e classificatório; c) prova prática – de caráter eliminatório e classificatório; e d) prova de títulos - de caráter classificatório.
Maiores informações http://ufrr.br

segunda-feira, 13 de março de 2017

Entrevista/Bruno Latour: O objetivo da ciência não é produzir verdades indiscutíveis, mas discutíveis

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Caderno de Sábado – O senhor trabalhou bastante com filosofia da ciência. Existe ainda hoje, de parte do grande público, uma concepção ingênua do que seja verdade científica? Por outro lado, pode existir uma ortodoxia científica fechada a novos métodos e ideias como dizia o físico Paul Feyerabend no seu livro famoso Contra o método?
Bruno Latour – As coisas mudaram bastante desde os tempos de Paul Feyerabend, que eu li. As pessoas já não esperam das ciências verdades definitivas. Passamos da confiança total à dúvida absoluta. É pena, pois as ciências são meios de produção de verdade no mundo. É preciso não ser ingênuo nos dois sentidos e ter confiança nas instituições respeitando a fragilidade científica. Há resultados certos e seguros. As ciências são muito mais poderosas do que dizem os seus críticos e muito mais frágeis do que pensam os ingênuos.

CS – As ciências humanas podem produzir resultados indiscutíveis?
Latour – O objetivo da ciência não é produzir verdades indiscutíveis, mas discutíveis. Nem as ciências naturais e exatas produzem verdades indiscutíveis. As ciências sociais realizam perfeitamente o trabalho de gerar verdades que possam ser discutidas. Elas são como as demais ciências e em certos aspectos até mais exigentes. A antropologia é muito mais exigente que muitos ramos da psicologia, da economia e da geografia. O objetivo é produzir discussões públicas normatizadas.

CS – Quando se pensa na ciência em relação à religião, à fé, parece pertinente. A fé é indiscutível. O conhecimento racional, não. Mas como fazer quando uma corrente das ciências sociais sustenta uma coisa e outra corrente sustenta o contrário. Quem terá razão?
Latour – A “discutabilidade” dos argumentos faz parte do trabalho científico. Isso vale para astrônomos, biólogos ou químicos. Talvez isso seja menos verdadeiro na filosofia, que já é outra coisa. As ciências sociais aceitam muito bem a discussão como parte do trabalho. Que Pierre Bourdieu discorde de mim não impede que integremos o mesmo campo, a mesma disciplina, a sociologia.

CS – Jean Baudrillard, de quem estive próximo, ironizava um pouco dizendo que a sociologia pode ser considerada uma espécie de astrologia, tão capaz como esta de produzir alguma verdade. Li num texto seu que as ciências sociais se baseiam num sistema de crença.
Latour – A astrologia foi ciência durante muito tempo. Ela organizou o conhecimento durante séculos. Não é destituída de interesse. As ciências sociais, diferentemente da astrologia, devem produzir enunciados discutíveis, como ser diz, passiveis de refutação. Por outro lado, Baudrillard nunca foi um modelo de cientificidade.

CS – Mas justamente ele questionava a cientificidade das ciências sociais afirmando que elas eram interessantes, mas não científicas.
Latour – Ele foi professor de sociologia, mas eu não o tomaria como referencial para descrever modelo de operação das ciências sociais.

CS – O senhor tem falado num parlamento das coisas. Vai acontecer?
Latour – Já acontece. Quantos parlamentares ocupam-se da floresta amazônica ou das cataratas do Iguaçu, da quantidade de gás carbônico na atmosfera, dos peixes? Cada vez mais os eleitos, por diversos dispositivos, são obrigados a falar do não humano. Temos um parlamento das coisas na opinião pública interessada ou no trabalho dos ativistas e militantes ecologistas em defesa da natureza.

CS – No interesse dos seres humanos? Por exemplo, a defesa da Amazônia é feita constantemente em nome do futuro da humanidade.
Latour – Esse pode ser um ponto de vista brasileiro, até mesmo dos militares brasileiros. Outros se interessam pela Amazônia por outras razões, por ela mesma, pelos interesses dos índios, dos seringueiros, das próprias árvores, do resto do mundo, do oxigênio. A Amazônia é um exemplo em torno do qual se organiza um parlamento virtual. É um tema de representação assim como o futuro da previdência social.

CS – Candidatos disputarão vagas num parlamento como representantes das coisas, dos objetos, do chamado não humano, não dos eleitores?
Latour – Não é necessariamente eleitoral. O poder eleitoral é um tanto simples. Se olhamos a COP 21 ou 22 vemos que já existem países com grupos de pressão indígenas ou de representantes da extração de petróleo nas galerias. O peso efetivo é difícil de calibrar. No momento, conta mais quem tem mais dinheiro, quem tem mais dólares para influenciar. Não é justo. O dinheiro se impõe. Brasileiros se opõem aos ecologistas norte-americanos afirmando que a Amazônia é uma questão nacional e que dispensam suas lições. Há um conflito clássico de representação em relação ao território. Tudo isso já existe. Não falo de alguma coisa utópica. Não sabemos se o representante foi eleito ou pago para defender determinada coisa. O mesmo vale para o não humano. É preciso saber quais são os interesses em jogo.

CS – O futuro do não humano está garantido. E o dos humanos?
Latour – É um problema, mas não creio realmente na autonomia das máquinas. Trabalhei muito em pesquisas sobre tecnologia. Sempre que me mostram um instrumento automático sei que por trás dele existem muitos seres humanos, a começar por engenheiros. No filme Metrópolis, de Fritz Lang, o robô sente calor e precisa ser refrescado. Era uma pessoa. Por trás das máquinas sempre há humanos. É incontestável.

CS – Máquinas substituem cada vez mais pessoas em trabalhos de todos os tipos. É possível fazer quase tudo nos aeroportos automaticamente e até se instalar num hotel sem falar com pessoas. Na França, caixas de supermercado estão sendo substituídas rapidamente por máquinas. Para que servirão os humanos no futuro? Para algo melhor?
Latour – Para que um robô seja automático é preciso muita gente por trás dele. Insisto nisso. Trata-se de uma rede de sustentação entre o humano e a máquina. Eliminar o trabalho de caixa de supermercado é uma bendição, pois se trata de uma atividade desagradável. Não?

CS – Em geral, as atividades não são muito agradáveis, mas criam empregos e garantem o sustento das pessoas. Como elas sobreviverão?
Latour – Fundamental é que as máquinas não vão substituir os seres humanos. Isso é uma utopia completa. Mas as máquinas vão liberar as pessoas de muitas tarefas. Por exemplo, de dirigir automóveis e de trabalhar como motorista de táxi. O futuro dos humanos ou os empregos que terão é outro problema. Isso não elimina o fato de que sempre haverá seres humanos por trás das máquinas. Os economistas estão divididos quanto aos números, mais ou menos empregos. Certo é que os novos empregos não são geralmente para as mesmas pessoas desempregadas pela tecnologia. As transições são duras e penosas. Nos laboratórios japoneses, por trás de cada robozinho, há muitos engenheiros. Só tempo nos dirá como as coisas se resolverão.

CS – Muitos o acusam de ser relativista. Isso o incomoda?
Latour – O relativismo não pode ser visto como uma crítica. É uma virtude. Quem critica o relativismo é absolutista. Isso é pior. O relativismo é virtuoso moral, política, religiosa e cientificamente. A verdade científica não precisa de absolutismo, mas de relativismo. O importante é estabelecer relações em todas as direções possíveis. Voltamos ao tema da “discutabilidade”. Não faz sentido que um cientista não seja relativista. Já faz alguns anos que não escuto essa crítica. É algo superado, ultrapassado, ingênuo, anacrônico. A defesa da verdade científica hoje passa justamente pelo relativismo. Talvez os filósofos ainda se interessem por esse debate, mas não os cientistas, que já mudaram seus procedimentos e parâmetros. Relativismo significa capacidade de estabelecer relações entre pontos de vista diferentes. A filosofia da ciência antigamente era simplista, ingênua e boba. Isso tudo foi importante nos anos 1950. Atacados, os cientistas buscam atualmente aliados fora do absolutismo. Paul Feyerabend foi ultrapassado pelo lado esquerdo.

CS – O Caso Sokal, denúncia que questionava a falta de cientificidade de muitos grandes pesquisadores, está completamente superado?
Latour – Sokal reconheceu o seu fracasso. Quem quer defender hoje a autoridade científica não pode seguir o que Sokal disse na época. Faz 40 anos que mostramos que somos capazes de chegar a resultados garantidos. Precisamos de instituições, de pesquisadores, de investimentos , de hipóteses e de discussão. Nós não mudamos. Aqueles que nos acusavam de relativismo há 40 anos agora nos pedem ajuda. Escrevi um livro intitulado A vida de laboratório. Ele é dirigido aos cientistas. Há 40 anos teria sido visto como reducionista. Tomemos a questão do clima. Os cientistas foram fortemente criticados por outros interesses ditos científicos. Hoje tudo está esclarecido. Mas os cientistas estão aprendendo com a gente em função dos ataques. Eles ainda precisam aprender bastante, pois não foram formados para refletir. Felizmente isso já está acontecendo por toda parte.

CS – Uma corrente científica diz que o aquecimento global é resultado da ação humana. Outra, sustenta o contrário. Quem tem razão?
Latour – É questão resolvida, dois mil a dois. Conseguimos encontrar dois cientistas que negam o papel humano no aquecimento global. Não é mais questão de maioria, mas de unanimidade. É um caso raro em que não há discordância. Todo mundo sustenta a mesma posição. As pessoas pensam que há discordância por que a Esso gastou milhões de dólares para difundir uma ideia errada sobre o fenômeno. Foi uma campanha de desinformação e de produção de ignorância em escala mundial.

CS – Complô ou hipótese?
Latour – Fato. Verificado. Foi possível fazer a demonstração.

CS – As ciências políticas transformam opinião em verdade?
Latour – A palavra ciência, neste caso, é acima de tudo uma maneira de falar. Não penso que seja de fato uma ciência. São artes políticas. A sociologia é diferente por não ter, por exemplo, a obrigação de indicar a melhor maneira de governar ou algo desse tipo. Voltamos ao começo. Não conheço ciência aplicada que não se veja às voltas com opiniões diferentes. É incontornável. Sempre foi assim.

CS – Visto que sempre há pontos de vista diferentes, o que leva alguém a escolher este ou aquele? Qual o critério? A crença?
Latour – As razões que levam alguém a optar, a tomar partido, a escolher, são muitas, políticas, sociais, psicológicas…

CS – Não necessariamente racionais?
Latour – Elas não são necessariamente irracionais, mas não são racionais tampouco no sentido de basear-se em provas indiscutíveis.

CS – Podemos ter escolhas ditas científicas não racionais?
Latour – Eu não utilizaria a palavra racional para descrever as ciências. Há muito de crença e de outros elementos em jogo. A ciência produz enunciados exatos, mas falar de racionalidade é muito.

CS – Quando especialistas liberais e antiliberais discutem como estabelecer critérios científicos para saber quem pode ter razão?
Latour – Economia e ciências políticas não são ciências. Retiro o que disse sobre a sociologia. É possível produzir verdades pontuais. Faz diferença se falamos, por exemplo, de sociologia aplicada ou fundamental. A palavra racional é enganadora. Não é o que decide. A palavra racional nada descreve. É uma ilusão de certa época.

CS – Será que as pessoas aceitariam de continuar financiando a pesquisa científica se soubessem que a racionalidade não conta?
Latour – É estranho só querer financiar o que é racional. O dinheiro público financia estádios como os do Brasil na Copa do Mundo.

CS Foi bastante criticado por muita gente. Em geral, aceita-se financiar aquilo que pode trazer benefícios claros à sociedade. Por exemplo, uma vacina para doenças como a dengue ou a zika.
Latour – Financiamos saúde e educação. Não é racional. A descoberta de uma vacina é o resultado de um processo. Acrescentar a palavra racionalidade não muda coisa alguma. Além disso, há agora uma campanha contra as vacinas. Não há unanimidade em relação a elas. Não se compreende grande coisa com a palavra racionalidade. A ciência é exata, o que não quer dizer racional. Há outras possibilidades, religiosas, morais, que não sendo racionais não são tampouco irracionais. A questão da racionalidade serviu aos interesses dos cientistas, que usavam a palavra para impedir qualquer crítica a eles. No caso do clima, cientistas, prêmios Nobel, criticavam cientistas em nome da ciência recorrendo ao termo racional como argumento. A questão do financiamento da ciência deve ser retomada. Por que mesmo financiar? É preciso convencer a cada vez. Donald Trump vai tentar eliminar a ciência nos Estados Unidos. Os cientistas serão obrigados a apresentar novos argumentos para obter financiamentos. Não será em nome da racionalidade que obterão um centavo que seja. Cada disciplina precisa ser convincente para ser financiada. As razões não são as mesmas para todos os casos. É claro que é legítimo financiar a pesquisa de uma vacina capaz de proteger contra um vírus.

CS – O senhor defende uma ciência sem racionalidade?
Latour – Sim. Racionalidade era um termo de uma filosofia de guerra. Foi usada no século XIX para proteger certa ideia de modernização, mas jamais teve qualquer conteúdo preciso. Se observação, experimentação, repetição e outros elementos dessa ordem garantissem resultados racionais isso seria feito desde os romanos. Pasteur não teria chegado aos seus resultados dessa forma. Nenhum cientista crê realmente nesse método. Racionalidade não tem a ver com tudo isso. A ciência alcança resultados claros e uteis, mas não racionais.

CS – Creio que a maioria dos cientistas discorda do senhor.
Latour – Não sou cientista. Sou filósofo. A nova situação de dúvida sobre o saber científico faz com que alguns se apeguem a uma versão datadas da filosofia da ciência. Pierre Bourdieu tinha uma visão de ciência de 150 anos atrás. Nem todos podem avançar ao mesmo tempo. Estou à frente de outros. Não creio nos ideais da racionalidade.

CS – A sua teoria do ator-rede tornou-se conhecida mundialmente. É possível com ela superar a naturalização dos fatos sociais?
Latour – Foi concebida para isso. Antes, era preciso argumentar sobre a ligação entre humanos e não humanos. Agora, é muito mais fácil. Aceitamos que tudo se mescla. Precisamos agora de um método. Ninguém mais sustenta uma separação entre os humanos e suas tecnologias. É claro que os seres humanos estão ligados à natureza e às materialidades. Se alguém fala de micróbios ou bactérias, com a teoria ator-rede não é possível ficar no médico ou no paciente, é necessário envolver a bactéria. É tão simples que se espalhou. Tornou-se a sociologia padrão. Salvo nas ciências políticas (risos).

CS – Por que o senhor rejeita, com a ideia de não-modernidade, a desconstrução crítica e a reflexão irônica da pós-modernidade?
Latour – Gente como Baudrillard ou Bourdieu se opunha ao que era percebido como totalitarismo da autoridade científica. Todo mundo agora pratica a desconstrução. Trump vive uma permanente desconstrução. Ninguém crê em coisa alguma. O momento da ironia e do distanciamento passou. Todos são baudrillardianos. Até a zeladora do meu prédio. Ela não crê em nada. Acha que tudo é inventado.

CS – Não é uma contradição. Retorno a uma verdade absoluta?
Latour – É preciso confiar nas instituições que produzem a verdade.

CS – É uma crença?
Latour – Confiança.

CS – Por que confiar?
Latour – Porque sem isso caímos na suspeita de que falamos. Basta um dado ser veiculado por um jornalista para que se diga que é falso. Se um juiz toma uma decisão, diz-se que foi comprado.

CS – O que muitas vezes é verdade.
Latour – Nem por isso se deixará de defender o direito, a justiça, a ciência, a religião e a política. Aquilo que foi corajoso no tempo de Baudrillard, na desconstrução da autoridade hegemônica, agora mudou de sentido. Corajoso é dizer que podemos produzir verdades relativas sólidas. Algo que é discutível, referenciado e aberto ao debate.

CS – Baseado em que se deve confiar?
Latour – Fiz um livro sobre o Conselho de Estado da França. Um trabalho de seis anos. Há solidez nos procedimentos jurisdicionais, mesmo submetidos, por essa esquisitice francesa, ao executivo. O ex-presidente Jacques Chirac foi condenado contra todas as previsões. O direito administrativo impôs-se. Precisamos, mesmo nos países com muita corrupção, confiar nas instituições jurídicas.

CS – Pedir confiança sem critérios sólidos não parece ingênuo?
Latour – Em todo caso, não cabe aos jornalistas, professores e intelectuais acrescentar mais dúvidas e suspeitas. O público não engole qualquer coisa. Não é preciso insistir nisso. A hora é de confiar. Uma posição irônica de dúvida constante hoje é criminosa. A ironia de Roland Barthes não cabe mais. Insistir nisso, como se diz nos Estados Unidos, é se colocar na pós-verdade. Temos verdades científicas sólidas e que são mais do que meras opiniões.
Publicado originalmente em http://www.correiodopovo.com.br/blogs/juremirmachado

MPF/AM discute medidas compensatórias nas áreas ambiental e de patrimônio cultural

MPF/AM promove reunião para debater destinação de medidas compensatórias nas áreas ambiental e de patrimônio cultural. O Encontro será realizado nesta terça-feira, às 14h, no MPF/AM, em Manaus; entidades e órgãos interessados no tema poderão participar

O Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM) promove reunião de trabalho, nesta terça-feira, 14 de março, com entidades e órgãos de fiscalização e defesa do meio ambiente e gestão do patrimônio cultural no Amazonas. O objetivo é receber e debater propostas e projetos de medidas compensatórias que podem ser negociadas pelo MPF em futuros acordos judiciais ou termos de ajustamento de conduta firmados como parte da atuação cível e criminal do órgão. A reunião ocorrerá no auditório do prédio anexo do MPF/AM, em Manaus, na Av. Efigênio Sales, 1570, Aleixo, a partir das 14h.

Com a reunião, o MPF pretende dar maior efetividade e correspondência ambiental à destinação de valores e bens obtidos como parte de acordos judiciais e extrajudiciais nas áreas ambiental e de patrimônio cultural, antecipando o diálogo e os projetos com as necessidades e demandas dos órgãos e entidades, de acordo com o tipo e local dos eventuais danos que motivaram o acordo. A atuação faz parte das diretrizes da 4ª Câmara de Coordenação e Revisão do MPF, que trata da temática em âmbito nacional.

De acordo com a portaria de instauração do inquérito civil que acompanha o caso, deverão ser prestigiados na seleção dos projetos a serem beneficiados por valores obtidos por meio de termos de ajustamento de conduta ou acordos judiciais "aqueles que mais se relacionem com a natureza e local do dano que deu origem aos recursos, além da qualidade técnica do projeto, sendo conveniente que se busque contrapartida dos entes proponentes".

Foram convidados para a reunião representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmas), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Batalhão Ambiental da Polícia Militar, Polícia Federal, Departamento Nacional de Produção Mineral, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Secretaria de Estado da Cultura (Sec) e Fundação Municipal de Cultura (Manauscult). Outros órgãos e entidades que tenham interesse no tema também podem participar.
Com informações  Ascom MPF AM

sexta-feira, 10 de março de 2017

Inpa reúne pesquisadores para construção de projetos apoiados pelo Fundo Amazônia

Pesquisadores de diversas áreas do conhecimento do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) estão num entusiasmado processo construtivo para apresentação de proposta institucional alinhada com as políticas públicas aplicáveis e as diretrizes e critérios do Fundo Amazônia que será submetida ao Fundo. A proposta será apresentada por meio de Consulta Prévia ao Fundo Amazônia e focada na vertente Ciência, Tecnologia e Inovação.   

O Fundo Amazônia tem por finalidade captar doações para investimentos não-reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal. É gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que também se incumbe da captação de recursos, da contratação e do monitoramento dos projetos e ações apoiados.     

“Estamos num entusiasmado processo de construção de proposta institucional sólida que demonstre o potencial e a pujança do Inpa, que detém conhecimentos acumulados em várias áreas, como na agricultura e fruticultura, produtos madeireiros, saúde e segurança alimentar e nutricional, gestão de áreas protegidas, piscicultura, botânica e química de produtos naturais, dentre outras áreas”, explica o diretor do Inpa, o pesquisador Luiz Renato de França.

Os pesquisadores estão empenhados na construção de proposta, que será alinhada por um Comitê Institucional, formado inicialmente pela Coordenação de Ações Estratégicas (Coaes), Coordenação de Pesquisas (Copes) e pela Coordenação de Extensão (Coext).De acordo com França, cerca de 50 propostas/sugestões já foram enviadas e o Comitê terá a importante responsabilidade de ajustá-las dentro dos objetivos do Fundo Amazônia.  

Os projetos elegíveis pelo Fundo Amazônia devem contribuir direta ou indiretamente para a redução do desmatamento e degradação das florestas na Amazônia, reduzindo assim as emissões de gases de efeito estufa. Até 20% dos recursos do Fundo poderão ser utilizados no desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento em outros biomas brasileiros e em outros países tropicais.

São apoiados pelo Fundo Amazônia projetos nas seguintes áreas temáticas: Gestão de florestas públicas e áreas protegidas; Controle, monitoramento e fiscalização ambiental; Manejo florestal sustentável; Atividades econômicas desenvolvidas a partir do uso sustentável da vegetação; Zoneamento ecológico e econômico, ordenamento territorial e regularização fundiária; Conservação e uso sustentável da biodiversidade; e Recuperação de áreas desmatadas. 

Segundo a coordenadora da Coaes, a pesquisadora Hillândia Brandão, um dos nortes principais das propostas do Inpa para o Fundo Amazônia será baseado no Decreto-Lei nº 8.972, de 23/01/2017, que institui a política nacional de recuperação de vegetação nativa. “Este será um dos eixos da nossa proposta, porque o Fundo apoia projetos que contribuem a redução de emissões gases de efeito estufa resultantes do desmatamento e da degradação das florestas, sendo assim todas as propostas têm que estar alinhadas dentro das diretrizes do próprio Fundo”, explica.  

Brandão também destaca que a COP-21 será outro eixo que norteará as propostas do Inpa. Pela COP, o Brasil se compromete em restaurar aproximadamente 12 milhões de hectares para uso de florestas de usos múltiplos. “A proposta do Inpa se apoiará dentro de um tripé, que envolverá o Desenvolvimento Tecnológico, a implantação de Unidades Demonstrativas - onde se possa ter um lugar para demonstrar as tecnologias desenvolvidas pelo Instituto - e a Difusão, que envolve os setores do Governo até o produtor final”. 
 
Com informações Ascom/INPA

Agência Nacional de Águas não pode outorgar direitos de uso na bacia do rio Solimões


Legislação prevê que, para concessão de autorizações, é necessário que a bacia possua um plano de recursos hídricos; rios da Amazônia não possuem o planejamento
Agência Nacional de Águas não pode outorgar direitos de uso na bacia do rio Solimões
Encontro dos rios Negro e Solimões. | Foto: ©iStockphoto.com
A Justiça Federal determinou que a Agência Nacional de Águas (ANA) não mais outorgue direitos de uso de recursos hídricos (Declaração de Reserva de Disponibilidade Hídrica) em processos de licenciamento ambiental na Bacia Hidrográfica do Rio Solimões, enquanto não for instalado o Comitê da Bacia Hidrográfica e aprovado o Plano de Recursos Hídricos da Bacia do Rio Solimões/Amazonas. A sentença foi concedida em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM) para proteger os recursos hídricos da região, até agora usados sem nenhum planejamento.

A Lei das Águas (9.433/97) instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos, que prevê que a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do poder público, dos usuários e das comunidades. O Conselho Nacional de Recursos Hídricos aprovou, em 2011, um plano que previa que fossem instalados os comitês de bacia para que planejamentos fossem formulados para cada bacia. Até hoje, não foi criado o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Solimões, responsável pela elaboração do plano de recursos hídricos.

Na sentença, a Justiça Federal afirma que “sem a existência de um Plano específico para a Bacia Hidrográfica, elaborado no âmbito de um comitê específico, não se mostra possível reservar recursos hídricos para qualquer empreendimento, porquanto desconhecida a viabilidade da reserva efetuada e os eventuais efeitos advindos da utilização dos recursos daí provenientes, seja para o meio ambiente, seja para as comunidades do entorno”.

A ANA informou à Justiça que existem 265 interferências com outorgas válidas emitidas pela autarquia na bacia do rio Amazonas; três pedidos de Declaração de Reserva de Disponibilidade Hídrica (DRDH) e outorgas de aproveitamentos hidrelétricos em análise no momento, na bacia do rio Amazonas; e um projeto de captação de água do rio Negro. A sentença destaca que a concessão destas autorizações para utilização dos recursos hídricos representam risco de prejuízo, já que as DRDH não são acompanhadas de planejamento específico para a bacia e a para a população afetada.

Reconhecendo a ilegalidade de autorizar intervenções na bacia hidrográfica sem que haja o comitê e o plano de recursos hídricos da bacia, a Justiça Federal determinou a aplicação de multa de R$ 50 mil por ato de descumprimento e R$ 1 mil de multa diária enquanto a autorização emitida indevidamente estiver válida. As penas de multa devem recair sobre o patrimônio pessoal do diretor-presidente da ANA no momento da concessão e de outros responsáveis que subscrevam a outorga.

A ação tramita na 7ª Vara Federal no Amazonas sob o nº 0016399-54.2014.4.01.3200
Rios da Amazônia – A ação civil pública relativa à Bacia Hidrográfica do Rio Solimões foi uma das ações ajuizadas pelo Ministério Público Federal em seis estados da Amazônia para proteger os recursos hídricos da região, usados sem nenhum planejamento. Nas ações, o MPF pediu que a ANA seja proibida de emitir a chamada Declaração de Reserva de Disponibilidade Hídrica para quaisquer empreendimentos que estejam em licenciamento nas bacias dos rios Negro, Solimões, Tapajós, Teles Pires, Madeira, Ji-Paraná, Oiapoque, Jari, Araguaia, Tocantins e Trombetas.

Para o MPF, o fato de vivermos uma crise de abastecimento de água de graves proporções no sudeste do país, assim como o desaparecimento de trechos inteiros do rio São Francisco, no nordeste, são alertas para o que pode ocorrer na Amazônia, a maior bacia hidrográfica do país e do mundo, se for mantido o atual padrão de total falta de planejamento e precaução.
“O que ocorre no sudeste e no nordeste é um vislumbre do risco que correm os rios da bacia Amazônica, em pior situação por nem sequer se observar a precaução obrigatória da gestão participativa dos recursos. E a Amazônia, como demonstra o conhecimento científico mais recente, é um ecossistema que funciona como regulador hidrológico para o continente sul-americano e principalmente, para as regiões sul, sudeste e centro-oeste do Brasil, diretamente beneficiadas pela umidade transportada da floresta”, dizem as ações judiciais.
No Amazonas, além da ação relacionada à Bacia Hidrográfica do Rio Solimões, o MPF ajuizou ação civil pública para proteger os recursos hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Negro. Esta ação também aguarda julgamento na 7ª Vara Federal no Amazonas, sob o nº 0016398-69.2014.4.01.3200.

quinta-feira, 9 de março de 2017

Ufopa promoverá seminário de alfabetização em março de 2017



Ufopa promoverá seminário de alfabetização em março no período de 13 à 15 de 2017

A Ufopa promoverá, de 13 a 15 de março, o “Seminário de Alfabetização: Leitura e Escrita na Escola para Crianças Pequenas”. O evento é uma iniciativa da turma 2014, período matutino, do curso de Pedagogia da Ufopa, em parceria com o Grupo de Estudo, Pesquisa e Intervenção em Leitura, Escrita e Literatura na Escola (Lelit), e será realizado no miniauditório HA1, na unidade Rondon da Ufopa.

O seminário é destinado aos profissionais de educação e áreas correlatas, além de estudantes de graduação e pós-graduação da área. As inscrições serão realizadas no período de 7 a 13 de março, das 14h às 18h, na sala do Lelit, na unidade Rondon, próximo à entrada do auditório Wilson Fonseca. O valor da inscrição será de R$5,00. Também serão realizadas inscrições na hora do evento, no dia 13 de março. A carga horária para emissão de certificados será de 15 horas.

Confira abaixo a programação completa:
Dia 13/03: Letramento e Alfabetização
·         19h: Luiz Percival Leme Brito – O que é alfabetizar?
·         19h40: Sinara Almeida – Leitura e escrita na educação infantil
·         20h30: apresentação cultural
Dia 14/03: A formação do professor alfabetizador
·         19h: Washington Abreu – Professor alfabetizador: suas concepções e práticas
·         19h40: Jessivânia Bezerra – A formação do professor de alfabetização
·         20h30: Apresentação em vídeo de depoimentos de alfabetizadoras recolhidos pela PED2014
Dia 15/03: Sobre leitura e literatura na alfabetização
·         19h: Zair Henrique Santos – Sobre Espaços de leitura
·         19h40: Danielle Costa – Cantinho da leitura
·         20h30: apresentação de vídeos de leitura produzidos pela PED2014
Mais informações com Gisele Gomes: (93) 99208-3332 ou giselegomes_7@hotmail.com.
Comunicação/Ufopa