sexta-feira, 10 de março de 2017

Inpa reúne pesquisadores para construção de projetos apoiados pelo Fundo Amazônia

Pesquisadores de diversas áreas do conhecimento do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) estão num entusiasmado processo construtivo para apresentação de proposta institucional alinhada com as políticas públicas aplicáveis e as diretrizes e critérios do Fundo Amazônia que será submetida ao Fundo. A proposta será apresentada por meio de Consulta Prévia ao Fundo Amazônia e focada na vertente Ciência, Tecnologia e Inovação.   

O Fundo Amazônia tem por finalidade captar doações para investimentos não-reembolsáveis em ações de prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento, e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal. É gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que também se incumbe da captação de recursos, da contratação e do monitoramento dos projetos e ações apoiados.     

“Estamos num entusiasmado processo de construção de proposta institucional sólida que demonstre o potencial e a pujança do Inpa, que detém conhecimentos acumulados em várias áreas, como na agricultura e fruticultura, produtos madeireiros, saúde e segurança alimentar e nutricional, gestão de áreas protegidas, piscicultura, botânica e química de produtos naturais, dentre outras áreas”, explica o diretor do Inpa, o pesquisador Luiz Renato de França.

Os pesquisadores estão empenhados na construção de proposta, que será alinhada por um Comitê Institucional, formado inicialmente pela Coordenação de Ações Estratégicas (Coaes), Coordenação de Pesquisas (Copes) e pela Coordenação de Extensão (Coext).De acordo com França, cerca de 50 propostas/sugestões já foram enviadas e o Comitê terá a importante responsabilidade de ajustá-las dentro dos objetivos do Fundo Amazônia.  

Os projetos elegíveis pelo Fundo Amazônia devem contribuir direta ou indiretamente para a redução do desmatamento e degradação das florestas na Amazônia, reduzindo assim as emissões de gases de efeito estufa. Até 20% dos recursos do Fundo poderão ser utilizados no desenvolvimento de sistemas de monitoramento e controle do desmatamento em outros biomas brasileiros e em outros países tropicais.

São apoiados pelo Fundo Amazônia projetos nas seguintes áreas temáticas: Gestão de florestas públicas e áreas protegidas; Controle, monitoramento e fiscalização ambiental; Manejo florestal sustentável; Atividades econômicas desenvolvidas a partir do uso sustentável da vegetação; Zoneamento ecológico e econômico, ordenamento territorial e regularização fundiária; Conservação e uso sustentável da biodiversidade; e Recuperação de áreas desmatadas. 

Segundo a coordenadora da Coaes, a pesquisadora Hillândia Brandão, um dos nortes principais das propostas do Inpa para o Fundo Amazônia será baseado no Decreto-Lei nº 8.972, de 23/01/2017, que institui a política nacional de recuperação de vegetação nativa. “Este será um dos eixos da nossa proposta, porque o Fundo apoia projetos que contribuem a redução de emissões gases de efeito estufa resultantes do desmatamento e da degradação das florestas, sendo assim todas as propostas têm que estar alinhadas dentro das diretrizes do próprio Fundo”, explica.  

Brandão também destaca que a COP-21 será outro eixo que norteará as propostas do Inpa. Pela COP, o Brasil se compromete em restaurar aproximadamente 12 milhões de hectares para uso de florestas de usos múltiplos. “A proposta do Inpa se apoiará dentro de um tripé, que envolverá o Desenvolvimento Tecnológico, a implantação de Unidades Demonstrativas - onde se possa ter um lugar para demonstrar as tecnologias desenvolvidas pelo Instituto - e a Difusão, que envolve os setores do Governo até o produtor final”. 
 
Com informações Ascom/INPA

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