O
congresso é voltado para os últimos avanços das ciências e tecnologia
no estudo dos aspectos moleculares e da sinalização celular e terá como
diferencial a aproximação da academia com o setor produtivo privado
Renomados
cientistas de várias regiões do Brasil estarão reunidos em Manaus de 17
a 20 de outubro no Congresso de Biotecnologia Sustentável na
Biodiversidade Amazônica, que acontecerá no Auditório da Ciência do
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC). O evento visa
reunir estudiosos para compartilharem experiências nas áreas de biologia
geral, biotecnologia aplicada à saúde, nanotecnologia, estudos sobre o
câncer, pesquisas com células-tronco humanas e neurociências.
Além
de reunir especialistas de seis áreas distintas da ciência, também
estarão presentes empresas de biotecnologia que desenvolveram
tecnologias próprias e se destacaram com faturamento de mais de R$ 100
milhões por ano com o desenvolvimento de tecnologia da bancada do
laboratório para aplicação em análises clínicas e na produção de kits
diagnósticos comercializáveis em supermercados e farmácias.
O
congresso é uma parceria entre o Inpa, o Instituto Nanocell e a
Sociedade Brasileira de Sinalização Celular (SBSC), que tem como
presidente o professor e idealista brasileiro o Dr. Rodrigo Ribeiro
Resende. Os interessados em participar do Congresso podem fazer as inscrições
até o dia 15 de setembro. O evento conta com o apoio do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) e recebe o
patrocínio da Exon Biotec.
De
acordo com o diretor do Inpa, o pesquisador Luiz Renato de França, o
Congresso é voltado para os últimos avanços da ciência e da tecnologia
no estudo dos aspectos moleculares e da sinalização celular, que vão
desde organismos unicelulares aos multicelulares. “Avanços estes que,
por meio de sua aplicação de forma multidisciplinar, numa região de
infindáveis oportunidades, permitirão criar produtos e biotecnologias
inovadoras”, destaca.
Para
França, o evento terá como diferencial a aproximação da academia com o
setor produtivo privado, o estreitamento das relações de colaboração e
de integração entre as regiões Sul e Sudeste com as regiões Norte,
Nordeste e Centro-Oeste. “Traremos especialistas de quase todo o Brasil
para somarem aos nossos esforços de forma colaborativa com perspectivas
não somente de gerar novos produtos, mas também de comercializá-los com
empresas de biotecnologia”, explica.
Conforme
França, o congresso é importante por trazer grandes nomes das ciências e
empresas de biotecnologia totalmente nacionais, além de oportunizar as
colaborações técnico-científicas entre os Programas de Pós-Graduações
(PPGs) das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste com os PPGs do Sul e
Sudeste na criação de um novo curso na área de Farmacologia e
Terapêutica Experimental e áreas afins.
“Será
uma oportunidade para levar adiante a ideia da criação deste curso.
Aproveitaremos o momento em que estaremos envolvidos com a Sociedade
Brasileira de Sinalização Celular, com a de Farmacologia e Terapêutica
Experimental, e a de Biologia Celular, para seguirmos adiante com a
iniciativa de proposta do curso, que envolverá, dentre outros aspectos, a
nanotecnologia e a biotecnologia”, explica.
O
gestor também aponta a importância da aproximação entre o setor privado
produtivo e a academia com a possibilidade de gerar inovação nas
empresas utilizando-se a biodiversidade amazônica e a aplicação na
geração de novos produtos e mercados, não somente regional, mas também
nacional. “É a chance de promover o desenvolvimento social com a
promoção da divulgação científica e popularização da ciência”, ressalta.
De
acordo com França, a proposta de realizar o congresso está alinhada com
as políticas científicas do Ministério da Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações (MCTIC), por meio do incentivo ao
desenvolvimento de tecnologias e novos produtos e com a promoção da
inovação nas empresas. “O exemplo disso está na inclusão de empresários
que também são cientistas e investem na geração de novos produtos”, diz.
“Numa região onde a matéria-prima existe em grande quantidade, ter
pessoal de empresas de biotecnologia como palestrantes e dispostos a
fazer colaborações é um privilégio de poucos eventos”, acrescenta o
diretor.
O
diretor ressalta que as empresas não foram convocadas com a finalidade
de venderem seus produtos, mas sim de assimilarem as ideias dos
pesquisadores e produzirem inovações, novos produtos e investirem em
novos mercados.
Programação
Nos
dias 18 e 19 de outubro, será realizado workshop sobre divulgação
científica, direcionado a professores do ensino médio, alunos de
graduação e de pós-graduação e outros interessados no tema. O workshop
será gratuito com aulas teóricas e práticas, ministrado pelos editores
do jornal eletrônico de divulgação científica Nanocell News, que está no terceiro volume e conta com mais de 1 milhão de acessos mensais.
Durante
o Congresso, haverá o lançamento em quatro volumes dos livros
“Biotecnologia Aplicada à Saúde: fundamentos e aplicações” e
Biotecnologia Aplicada à Agro&Indústria: fundamentos e aplicações”,
publicados pela Editora Blüncher.
Ao todo, são quase cem capítulos e em cada um deles há um tópico sobre
os aspectos históricos e básicos de como se chegaram às técnicas e
modelos apresentados. Também há um outro tópico que apresenta um
protocolo passo-a-passo de execução da técnica que será útil e didático
para os cursos de graduação e pós-graduação. As
obras envolveram mais de 150 diferentes cursos de pós-graduação do
Brasil, cerca de 70 instituições de ensino e pesquisa de vários estados
do país e quase 400 autores.
Também haverá a entrega das premiações do I Prêmio Cientista e do Empreendedor do Ano Instituto Nanocell,
idealizado e promovido pelo Prof. Rodrigo Resende, que também é
presidente do Instituto Nanocell, para aproximar a academia da sociedade
e promover a educação no Brasil. Veja a programação aqui.
Depois de mais de 11 mil votos, os indicados passaram pelo crivo de 16
renomados cientistas, presidentes de sociedades científicas, membros de
comitês de grandes áreas do Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq), da Comissão de Aperfeiçoamento de
Pessoal do Nível Superior (Capes) e da Academia Brasileira de Ciências
(ABC).
No
encerramento do Congresso de Biotecnologia Sustentável na
Biodiversidade Amazônica, os seis melhores cientistas, alunos e
professores das seis diferentes áreas contempladas abordadas no evento
serão premiados. Também será escolhida a melhor empresa de biotecnologia
do Brasil.
Ascom INPA
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