Aproximar e estreitar as relações com
governos e organizações do Amazonas que trabalham com desenvolvimento
sustentável e social no âmbito da bacia amazônica. Estes foram os
objetivos de uma reunião realizada pela Organização do Tratado de
Cooperação Amazônica (OTCA), na última quarta-feira (14), no Instituto
Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCTIC), em Manaus.
A OTCA é um bloco socioambiental formado
por oito países que partilham o território amazônico: Brasil, Bolívia,
Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. A proposta do
encontro “Diálogo local – atividades da OTCA, desafios e planos futuros”
visa ainda ouvir os agentes locais para poder compartilhar e apoiar-se
mutuamente em projetos e programas.
De acordo com a secretária geral da
OTCA, a embaixadora Jacqueline Mendonza, um dos grandes potenciais que a
organização tem para o Estado é por meio do Observatório Regional
Amazônico, uma plataforma de gestão de informação e conhecimento sobre a
biodiversidade amazônica. Com o sistema, será possível acessar bancos
de dados e sistemas de informações dos países membros, tornando o
observatório uma importante ferramenta para tomada de decisões e
formulação políticas públicas.
“Estamos na fase de implementação desse
observatório, e haverá uma infraestrutura física dele na sede da OTCA,
em Brasília. Além disso, poderemos ter núcleos em cada um dos estados e
sítios que temos trabalhos, como o Inpa, em Manaus; e instituições em
Belém; Iquitos (Peru) e Letícia (Colômbia)”, adiantou Mendonza.
Como fórum permanente de cooperação,
intercâmbio e conhecimento, orientado pelo princípio da redução das
desigualdades regionais entre os países membros, a OTCA existe há quase
40 anos. De 2011 a 2018, a organização trabalha em uma agenda
estratégica de cooperação que possui 254 atividades.
Entre as áreas de interesses estão o
fortalecimento da cooperação regional para o desenvolvimento da
sustentabilidade da Amazônia, a promoção da cooperação sul-sul a fim de
diminuir as assimetrias entre os países e a colaboração com instituições
regionais para conseguir uma maior coerência. Alguns projetos são
desenvolvidos com essa finalidade, como Recursos hídricos e mudanças
climáticas e Monitoramento da cobertura florestal na região amazônica.
Para o diretor do Inpa, Luiz Renato de
França, a OTCA tem importância e potencial inquestionáveis. “Agora,
estamos ávidos para que as ações progridam. Vislumbro oportunidades
grandiosas, por exemplo, através de ações regionais com o programa
Pró-Amazônia, realizado na fronteira em parceria com o Exército, os
nossos programas de pós-graduação, entre tantas outras ações”, destacou.
Além de França e Mendonza, participaram
da reunião o diretor executivo da OTCA, Ministro César Augusto De lãs
Casas Diaz; o diretor administrativo, Antonio Matamoros; o coordenador
de Ciência, Tecnologia e Educação, Roberto Sánchez Saraiva; a
superintendente da Suframa, Rebecca Garcia; o embaixador da Guiana no Brasil, George Wilfred Talbot,
além de representantes da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e governo
do Amazonas. Também estiveram presentes o chefe de gabinete e
coordenadores do Inpa.
“Enxergo uma gama de oportunidades, e
gostaria de apresentar, numa próxima reunião, como a Suframa trabalha,
além de mostrar o nosso novo projeto, o Zona Franca Verde”, disse a
superintendente.
Conforme a Suframa, o projeto Zona
Franca Verde (ZFV) busca potencializar a industrialização de produtos de
preponderância de matéria-prima regional nas áreas de livre comércio
dos estados de abrangência da autarquia.
Com informações da Ascom Inpa
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