sábado, 26 de abril de 2014

Projeto Plantando Livros na biblioteca do Acre



Biblioteca do Acre ‘planta árvores’ de sabedoria
Projeto Plantando Livros na biblioteca do Acre 'deixa 'esquecidos' livros em espaços públicos da capital para serem acolhidos por novos leitores
Descrição: http://www.portalamazonia.com.br/pimagens/icon-escrito.pngFany Dimitria - jornalismo@portalamazonia.com

RIO BRANCO - Em um mundo cada vez mais digitalizado e envolvido com as mídias sociais, a leitura tradicional tem se tornado obsoleta. As folhas de papel são ‘substituídas’ por abas dos navegadores de computadores. Ciente do fato, o professor e diretor da Biblioteca da Floresta, Marcos Afonso, elaborou o projeto ‘Plantando Livros’, em Rio Branco. “A Biblioteca é da Floresta e a intenção é ‘plantar árvores’, mas de conhecimento e de sabedoria para os jovens e também para os adultos da nossa capital”, explica Afonso.

Ao todo 150 livros foram distribuídos em praças, ônibus, paradas, Terminal Urbano e outros lugares públicos da cidade. As obras ‘plantadas’ são variadas, desde Harry Potter até os clássicos de Shakespeare. “Separamos todos os estilos de livros para todos os tipos de público” enfatiza o diretor. A ideia chegou a Rio Branco ano passado, mas a ação acontece constantemente em grandes metrópoles como São Paulo, Nova York e Paris. A intenção é incentivar a leitura de uma sociedade cada vez mais apressada. Esta é a terceira experiência com o estímulo à leitura.

Como é realizado?
A equipe da Biblioteca da Floresta, muito despretensiosamente, folheia, lê os livros em bancos públicos e espera o momento oportuno para deixá-los ‘esquecidos’. Pronto, está semeada a semente do conhecimento. Os livros então estão prontos para serem ‘adotados’ pelos que passeiam nos locais escolhidos.

A margarida (termo utilizado em Rio Branco para as mulheres que trabalham como gari) Railda Nascimento, de 42 anos, ao passar pelo livro esquecido no banco na Praça da Revolução, no Centro de Rio Branco, disse que aprovou a prática. “Eu adorei essa iniciativa, vou ler e ‘replantar’ esse livro. Adoro ler, meu esposo é ‘bruto’ e não gosta muito, mas em compensação eu adoro”, conta Railda. A margarida ‘colheu’ o clássico “Os Maias”, do escritor português Eça de Queiroz.
Como leitor assíduo, Marcos Afonso pede que a população também adote a causa e incentive à leitura. “Não precisa doar o livro, basta que se ‘esqueça’ um livro em algum lugar da cidade. Este ato, por si só, já seria um estímulo maior do conhecimento”, comenta.

Leitura no Brasil
No Brasil, o hábito de longas leituras, como livros e revistas não é um dos preferidos. Uma pesquisa realizada pelo Serviço Social do Comércio (Sesc) e a Fundação Perseu Abramo, intitulada “Públicos de Cultura”, entrevistou 2,4 mil adolescentes, a partir de 16 anos, em 139 municípios de  25 estados do país. Do total, 58% dos entrevistados revelaram que não leram nenhuma obra nos últimos 6 meses, contra 12% que leram apenas uma. O restante dos entrevistados variava entre a leitura de dois livros (11%), três (7%), quatro (3%), cinco (2%), seis (1%), sete (0,2%) e oito leituras (5%) no geral. A pesquisa foi realizada em 2013, de 31 de agosto a 8 de setembro.

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