Produção e venda do açaí viram
estudo de economia florestal
Estudo inédito, coordenado por
professor da Ufam, Sérgio Gonçalves, fez um raio-x da produção e venda do fruto
em seis municípios do Amazonas
04 de
Abril de 2014
JORNAL A
CRÍTICA
Conforme o professor da Ufam Sérgio Gonçalves, é
preciso melhorar a forma de comercialização do açaí para que eles possam
aumentar a produtividade (J. Renato Queiroz)
A produção e venda de açaí, andiroba e copaíba nos
municípios de Carauari, Lábrea, Manicoré, Codajás e Anori, no interior do
Amazonas, foi tema de um estudo de economia florestal em uma parceria inédita
entre a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e os institutos Amazônia e o de
Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Estado (Idam).
O estudo foi coordenado pelo professor Sérgio
Gonçalves, do departamento de Ciências Florestais da Ufam, com o intuito de
subsidiar ações de acompanhamento técnico e extensão rural (ATER) para a
agricultura familiar.
A pesquisa descobriu que independente da natureza
dos produtos os agricultores reagem pouco aos estímulos para a organização do
processo de produção. A suspeita obtida com as análises de campo foi que as
pessoas envolvidas na agricultura familiar sofram intervenções inadequadas.
Para que seja possível ampliar a atuação dos agricultores na região e outros
Estados, a pesquisa indica que é preciso melhorar a forma de comercialização,
além do armazenagem, infraestrutura e capacitar os agricultores fortalecendo as
iniciativas e investimentos existentes.
A prospecção de mercado, como indica a pesquisa,
espera que o conhecimento obtido contribua para a definição de estratégias por
instituições interessadas nos produtos para promover a sustentabilidade e
enfrentar o conflito de escolha na economia dos municípios.
Gonçalves dividiu a pesquisa em duas etapas, sendo
que a primeira foi focada na coleta de informações e a outra na análise de
dados. A inserção de antecedentes estatísticos visando identificar a procura e
oferta de produtos para a interpretação dos resultados também fez parte do
segundo estágio do estudo.
Segundo o pesquisador, o estudo não teve intenção
de fazer uma análise detalhada, uma vez que, seria inviável devido ao pouco
tempo e recursos. Para ele, a pesquisa pode ser considerada um recorte de
mercado que aponta os aspectos positivos e negativos do processo produtivo, mas
que não superaram as oportunidades identificadas.
O estudo também se revela como um exemplo de
integração entre as três instituições para melhorar a qualidade de vida das pessoas
que atuam na agricultura familiar.
O estudo observou entre outros aspectos os
potenciais consumidores, base produtiva do açaí , andiroba e copaíba,
tendências de mercado, concorrentes, além da comunicação entre o produtor e o
consumidor. Um dos pontos destacados foi o preço competitivo na perspectiva de
complementar a geração de renda familiar com base na produção florestal.
http://acritica.uol.com.br/amazonia/manaus-amazonas-amazonia-Producao-venda-acai-andiroba-copaiba-estudo-economia-florestal-Ufam_0_1114088590.html
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