quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Simpósio discute adaptações das espécies e os impactos das mudanças climáticas nos cursos d’água • Publicado: Quarta, 07 de Outubro de 2015, 18h10 • Última atualização em Quinta, 08 de Outubro de 2015, 11h04 Em quase 40 anos, o programa de Pós-Graduação em Biologia de Água Doce e Pesca Interior do Inpa já capacitou 450 alunos, entre mestres e doutores Texto e foto: Caroline Rocha – Ascom Inpa O I Simpósio de Biologia e Pesca de Água Doce, promovido pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) abriu com discussões sobre as evoluções e adaptações das espécies no meio, e sobre a importância dos cursos d’água e os impactos causados pelas mudanças climáticas em insetos aquáticos. O evento segue até sexta-feira (9), no Auditório da Ciência. Para o diretor do Inpa, o pesquisador Luiz Renato de França, o programa de Pós-Graduação em Biologia de Água Doce e Pesca Interior (Badpi) tem grande importância para a Amazônia, já que a região abriga cerca de 2.700 espécies de peixes. “Em quase 40 anos, o Badpi já capacitou 450 alunos, entre mestres e doutores. A contribuição desses estudos gera o crescimento da Amazônia e mais conhecimento das espécies, principalmente nos impactos gerados pelas mudanças climáticas no planeta”, destacou França. Escrito em 1859, por Charles Darwin, após uma viagem pelo mundo que durou cinco anos, o livro “A origem das espécies” é referência para o pesquisador do Inpa, Geraldo Mendes, nas concepções de mundo e abrange quase todas as ciências, inclusive, com a filosofia. “A evolução biológica é a herança modificada. As mudanças e transformações que ocorrem nos seres vivos ao longo dos anos, dão origem as novas espécies” explicou o pesquisador. De acordo com os mecanismos evolutivos proposto por Darwin, nem todos os que nascem de uma determinada espécie sobrevive, o número de indivíduos é regularizado pela seleção natural e a sobrevivência é apenas para os mais aptos. Mendes também citou alguns filósofos Pré-Darwinianos e biólogos que estudaram alguns princípios das adaptações de espécies antes de Darwin e que nortearam seus estudos. Como Eramus Darwin, Al Jahiz, Benoit de Maillet, Alfred Wallace e Jean Lamark. Impactos ambientais em espécies aquáticas Com o tema “Os insetos aquáticos, diversidade e importância nos cursos d’água” o doutorando do curso de Entomologia do Inpa, Patrick Barcelos e Silva explicou que as mudanças climáticas afetam diretamente as águas e os seres vivos que vivem nesses ambientes, apesar de algumas espécies serem mais resistentes a mudanças do que outras. “O aumento da temperatura da água modifica as espécies que estão adaptadas aqui na região. Isso causa impacto expressivo na biologia dos organismos aquático. Quando a temperatura da terra aumentar mais, a disponibilização de alimentos pode diminuir”, afirmou. Silva também mostrou as diversidades de insetos aquáticos da Amazônia e a relação deles com o meio ambiente. E ainda, a importâncias dos insetos aquáticos como indicadores de água e disponibilizadores de recursos para o ambiente. “Dependendo do tipo de distúrbio, como poluição ou temperatura da água, podemos saber a qualidade da água, se é ou não adequada para a espécie viver. Programação O evento continuou pela tarde com palestras sobre os Avanços e desafios da piscicultura na região Norte, com a pesquisadora do Inpa, Elizabeth Gusmão; Distúrbios hidrológicos sobre a vegetação de florestas alagáveis por rios de água-preta, com o pesquisador do Inpa, Jochen Schongart; Conservação da biodiversidade íctica na Amazônia: estratégias genéticas e evolução molecular, com a pesquisadora do Inpa, Vera Val, e ainda, palestra sobre Ecologia, conservação e manejo de crocodilianos em florestas alagáveis amazônicas, com o professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Ronis da Silveira.


Em quase 40 anos, o programa de Pós-Graduação em Biologia de Água Doce e Pesca Interior do Inpa já capacitou 450 alunos, entre mestres e doutores

O I Simpósio de Biologia e Pesca de Água Doce, promovido pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) abriu com discussões sobre as evoluções e adaptações das espécies no meio, e sobre a importância dos cursos d’água e os impactos causados pelas mudanças climáticas em insetos aquáticos. O evento segue até sexta-feira (9), no Auditório da Ciência.

Para o diretor do Inpa, o pesquisador Luiz Renato de França, o programa de Pós-Graduação em Biologia de Água Doce e Pesca Interior (Badpi) tem grande importância para a Amazônia, já que a região abriga cerca de 2.700 espécies de peixes. 

“Em quase 40 anos, o Badpi já capacitou 450 alunos, entre mestres e doutores. A contribuição desses estudos gera o crescimento da Amazônia e mais conhecimento das espécies, principalmente nos impactos gerados pelas mudanças climáticas no planeta”, destacou França. 

Escrito em 1859, por Charles Darwin, após uma viagem pelo mundo que durou cinco anos, o livro “A origem das espécies” é referência para o pesquisador do Inpa, Geraldo Mendes, nas concepções de mundo e abrange quase todas as ciências, inclusive, com a filosofia.

“A evolução biológica é a herança modificada. As mudanças e transformações que ocorrem nos seres vivos ao longo dos anos, dão origem as novas espécies” explicou o pesquisador.
De acordo com os mecanismos evolutivos proposto por Darwin, nem todos os que nascem de uma determinada espécie sobrevive, o número de indivíduos é regularizado pela seleção natural e a sobrevivência é apenas para os mais aptos. Mendes também citou alguns filósofos Pré-Darwinianos e biólogos que estudaram alguns princípios das adaptações de espécies antes de Darwin e que nortearam seus estudos. Como Eramus Darwin, Al Jahiz, Benoit de Maillet, Alfred Wallace e Jean Lamark.

Impactos ambientais em espécies aquáticas
Com o tema “Os insetos aquáticos, diversidade e importância nos cursos d’água” o doutorando do curso de Entomologia do Inpa, Patrick Barcelos e Silva explicou que as mudanças climáticas afetam diretamente as águas e os seres vivos que vivem nesses ambientes, apesar de algumas espécies serem mais resistentes a mudanças do que outras.

“O aumento da temperatura da água modifica as espécies que estão adaptadas aqui na região. Isso causa impacto expressivo na biologia dos organismos aquático. Quando a temperatura da terra aumentar mais, a disponibilização de alimentos pode diminuir”, afirmou.

Silva também mostrou as diversidades de insetos aquáticos da Amazônia e a relação deles com o meio ambiente. E ainda, a importâncias dos insetos aquáticos como indicadores de água e disponibilizadores de recursos para o ambiente. “Dependendo do tipo de distúrbio, como poluição ou temperatura da água, podemos saber a qualidade da água, se é ou não adequada para a espécie viver. 

O evento continuou pela tarde com palestras sobre os Avanços e desafios da piscicultura na região Norte, com a pesquisadora do Inpa, Elizabeth Gusmão; Distúrbios hidrológicos sobre a vegetação de florestas alagáveis por rios de água-preta, com o pesquisador do Inpa, Jochen Schongart; Conservação da biodiversidade íctica na Amazônia: estratégias genéticas e evolução molecular, com a pesquisadora do Inpa, Vera Val, e ainda, palestra sobre Ecologia, conservação e manejo de crocodilianos em florestas alagáveis amazônicas, com o professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Ronis da Silveira. 
Ascom Inpa

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