Em quase 40 anos, o programa de
Pós-Graduação em Biologia de Água Doce e Pesca Interior do Inpa já capacitou
450 alunos, entre mestres e doutores
O I Simpósio
de Biologia e Pesca de Água Doce, promovido pelo Instituto Nacional
de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) abriu com discussões sobre as evoluções e
adaptações das espécies no meio, e sobre a importância dos cursos d’água e os
impactos causados pelas mudanças climáticas em insetos aquáticos. O evento
segue até sexta-feira (9), no Auditório da Ciência.
Para o diretor do Inpa, o
pesquisador Luiz Renato de França, o programa de Pós-Graduação em Biologia de
Água Doce e Pesca Interior (Badpi) tem grande importância para a Amazônia, já
que a região abriga cerca de 2.700 espécies de peixes.
“Em quase 40 anos, o Badpi já
capacitou 450 alunos, entre mestres e doutores. A contribuição desses estudos
gera o crescimento da Amazônia e mais conhecimento das espécies, principalmente
nos impactos gerados pelas mudanças climáticas no planeta”, destacou França.
Escrito em 1859, por Charles
Darwin, após uma viagem pelo mundo que durou cinco anos, o livro “A origem das
espécies” é referência para o pesquisador do Inpa, Geraldo Mendes, nas
concepções de mundo e abrange quase todas as ciências, inclusive, com a
filosofia.
“A evolução biológica é a herança
modificada. As mudanças e transformações que ocorrem nos seres vivos ao longo
dos anos, dão origem as novas espécies” explicou o pesquisador.
De acordo com os mecanismos
evolutivos proposto por Darwin, nem todos os que nascem de uma determinada
espécie sobrevive, o número de indivíduos é regularizado pela seleção natural e
a sobrevivência é apenas para os mais aptos. Mendes também citou alguns
filósofos Pré-Darwinianos e biólogos que estudaram alguns princípios das
adaptações de espécies antes de Darwin e que nortearam seus estudos. Como Eramus Darwin, Al Jahiz, Benoit de Maillet, Alfred Wallace e Jean
Lamark.
Impactos ambientais em espécies
aquáticas
Com o tema “Os insetos aquáticos,
diversidade e importância nos cursos d’água” o doutorando do curso de Entomologia
do Inpa, Patrick Barcelos e Silva explicou que as mudanças climáticas afetam
diretamente as águas e os seres vivos que vivem nesses ambientes, apesar de
algumas espécies serem mais resistentes a mudanças do que outras.
“O aumento da temperatura da água
modifica as espécies que estão adaptadas aqui na região. Isso causa impacto
expressivo na biologia dos organismos aquático. Quando a temperatura da terra
aumentar mais, a disponibilização de alimentos pode diminuir”, afirmou.
Silva também mostrou as
diversidades de insetos aquáticos da Amazônia e a relação deles com o meio
ambiente. E ainda, a importâncias dos insetos aquáticos como indicadores de
água e disponibilizadores de recursos para o ambiente. “Dependendo do tipo de
distúrbio, como poluição ou temperatura da água, podemos saber a qualidade da
água, se é ou não adequada para a espécie viver.
Ascom Inpa
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