A Embrapa em parceria com PNUD e outras
instituições, projeto visa ao desenvolvimento sustentável e redução de
desigualdades.
Preservar
a biodiversidade, fortalecer e incentivar o modo de vida de comunidades
tradicionais são os pilares do projeto. Crédito: Tainá Seixas/PNUD Brasil.
PNUD Brasil - Nessa semana, representantes da Embrapa,
PNUD, Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (ANATER) e
Ministério do Meio Ambiente (MMA) se reuniram para o lançamento do projeto
"Integração da conservação da biodiversidade e uso sustentável nas
práticas de produção de produtos florestais não madeireiros e sistemas
agroflorestais em paisagens florestais de usos múltiplos de alto valor para a
conservação”. O projeto, financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente,
visa preservar a biodiversidade brasileira e fortalecer e incentivar o modo de
vida de comunidades tradicionais.
No
evento, ocorrido na segunda-feira (28), estavam presentes o então
Representante-Residente do PNUD, Jorge Chediek; o diretor-executivo de
Transferência de Tecnologia da Embrapa, Waldyr Stumpf Junior; a secretária de
Biodiversidade e Florestas do MMA, Ana Cristina Barros; o presidente da
ANATER, Paulo Guilherme Francisco de Cabral; o representante da
Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, Alan Bojanic,
além do pesquisador e gestor do projeto, Aldicir Escariot. "Esta é uma
data muito especial porque, no final de semana, as lideranças de todos os
países aprovaram uma nova agenda de desenvolvimento sustentável. E esse projeto
é desenvolvimento sustentável puro”, declarou Chediek na cerimônia.
Jorge Chediek discursa em evento. Crédito: Tainá
Seixas/PNUD Brasil.
Desenvolvido nos biomas Amazônia, Caatinga e
Cerrado, a iniciativa tem duração prevista de cinco anos e atuará em
territórios com alta biodiversidade, baixo IDH e onde há presença de
comunidades agroextrativistas e agricultura familiar, além da atuação da
Embrapa. Segundo Escariot, ampliar a atuação de agroextrativistas será
fundamental para o processo, uma vez que dominam a aplicação do uso sustentável
e entendem a importância de se conservar a biodiversidade brasileira,
construindo um modelo baseado nas necessidades locais. Além disso, será
possível gerar oportunidades para famílias que vivem no campo, assegurando e
fortalecendo seus modos de vida e reduzindo desigualdades sociais.
O projeto
também pretende desenvolver tecnologias que permitem explorar o meio ambiente
de forma sustentável, fomentar a economia local e capacitar profissionais. A
produção de conhecimento sobre o tema será outro resultado de grande relevância
devido à escassez de informações, que serão disponibilizadas em plataforma
online. Tais informações também darão suporte ao desenvolvimento de políticas
públicas para uso sustentável da biodiversidade, questão fundamental para
Escariot. "É uma estratégia duradoura, que pode ser expandida para outros
territórios do Brasil, com impactos muito mais significativos".
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