Um dos principais Objetivos era reduzir a proporção da população sem
acesso a água potável, mas esta meta avançou apenas 8,7% no Estado
Prestes a serem substituídos, apenas um dos sete Objetivos do
Milênio foi alcançado pelo Amazonas, segundo último relatório
Na última quarta-feira, a plataforma online
‘Estratégia’, criada para promover compromissos voluntários para apoiar os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que devem substituir os
Objetivos do Milênio (ODM) a partir deste mês, foi lançada em São Paulo.
No Amazonas, um grupo se mobiliza para envolver a
sociedade, embora a falta de comunicação nos municípios seja uma das principais
dificuldades enfrentadas.
Há 15 anos, 189 nações se comprometeram a cumprir
os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), que tinham, entre as oito
metas estipuladas, reduzir a pobreza extrema e a fome, a mortalidade na
infância, entre outros. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil
conseguiu cumprir boa parte das metas, mas não alcançou todas. No entanto, os
relatórios do Amazonas mostram que de oito, três objetivos não saíram do zero.
A disparidade, segundo o representante local do
Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade pelos ODMs, Alex Ximango, é o
reflexo da falta de gestão de informação. “Todos os dados que constam nos
relatórios são oficiais, mas as informações são desencontradas por falta de uma
equipe técnica em cada município que nos dê informações precisas. A nossa
realidade nos traz um grande desafio para colher essas informações”.
O último relatório publicado mostra que o
Amazonas não avançou nem 1% no objetivo de reduzir a mortalidade materna e nem
em ter começado a reverter a propagação de Aids/HIV e de malária. Reduzir a
proporção da população sem acesso a água potável avançou apenas 8,7%.
Reduzir em dois terços a mortalidade de crianças
menores de cinco anos alcançou 78,9% do objetivo. A única meta que superou as
expectativas, tendo avançado 118,9%, foi a redução pela metade da população que
sofre com a fome. De acordo com o programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (Pnud), ainda faltam 141 dias para os Estados alcançarem as
metas.
Novos objetivos
Na Agenda pós-2015, as Nações Unidas apresentam
17 objetivos globais e 169 metas que deverão ser aprovadas este mês, em reunião
plenária da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova
Iorque. As novas metas são mais ambiciosas e dão prioridades globais para
questões de desenvolvimento sustentável. “Cinquenta cidades no mundo fizeram
consultas públicas pós-2015. Nós, do Amazonas, chegamos a apresentar três
propostas. É possível a gente ter uma mobilização significativa, envolver as
pessoas, as instituições, e levar essa mensagem por um mundo melhor”, diz Alex.
Sema ainda sem uma posição
O Secretário de Estado do Meio Ambiente, Antonio
Stroski, ainda não tem um posicionamento sobre os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável e irá se posicionar até a próxima quarta-feira.
Ele informou que durante os últimos dias esteve
ocupado em resolver questões administrativas da pasta e envolvido com Exposição
Universal das Nações Unidas (Expo 2015), em Milão, na Itália, onde, no último
sábado, os estados de Rondônia, Amazonas e Tocantins assinaram o documento ‘Mou
Under 2’, acordo que visa reduzir em dois graus a temperatura do planeta até
2020 pela contenção das emissões de gás carbônico, segundo meta da Organização
das Nações Unidas (ONU).
A possível fusão da Secretaria de Estado de Meio
Ambiente (Sema) e do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam)
preocupa os ambientalistas, uma vez que os setores para programas destinados a
cumprir as metas podem ser extintos.
17 Objetivos do Desenvolvimento
Sustentável
Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares do
planeta;Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar, e melhorar a nutrição;
Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos os habitantes da Terra; Garantir educação inclusiva, equitativa e de qualidade;
Alcançar a igualdade de gênero eliminar todas as formas de violência às mulheres e meninas; Garantir disponibilidade e manejo sustentável da água;
Garantir acesso à energia barata, confiável e sustentável;
Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável;
Construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva; Reduzir a desigualdade entre os países e dentro deles;
Tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros e resilientes;
Assegurar padrões de consumo e produção sustentável;
Tormar medidas urgentes para combater a mudança do clima;
Conservar e promover o uso sustentável dos oceanos;
Proteger, recuperar e promover o uso sustentável das florestas;
Promover sociedade pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável;
Fortalecer os mecanismos de implementação e revitalizar a parcela global.
Reprodução fonte:www.acritica
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