Edital permanece
aberto até 23 de maio e prevê vagas para Bahia, Distrito Federal, Espírito
Santo e Paraíba
Reprodução / Portal
Brasil
Até o dia 23 de
maio, o Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa) está com edital aberto para vagas de
consultoria por produto, para preparar e realizar as Oficinas de Identificação
e Abordagem do Racismo Institucional no âmbito do Plano Juventude Viva,
destinadas a gestores e servidores municipais e estaduais. As vagas são para a
Bahia (4), Distrito Federal e entorno (2), Espírito Santo (2) e Paraíba (2). A
iniciativa faz parte do estabelecido no Projeto de Cooperação Técnica entre a
Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e o Unfpa.
A realização das
oficinas é a principal ação da Seppir no âmbito do Plano Juventude Viva e se
enquadra no Eixo 4 - Aperfeiçoamento Institucional - que tem como propósito
garantir que a atuação das instituições do estado culminem na valorização da
vida dos jovens negros. O enfrentamento ao racismo nas instituições que se
relacionam com os jovens é central para a superação dos estigmas sobre os quais
se fundamenta a violência.
O objetivo geral
dos eventos é oferecer subsídios aos gestores e servidores públicos para
identificação e abordagem do racismo nas instituições; elaboração de
estratégias conjuntas para o seu enfrentamento no ambiente de trabalho e para a
inclusão da perspectiva da igualdade racial nas ações programáticas das
instituições.
Os interessados
devem encaminhar currículo atualizado, carta de apresentação e documentos que
comprovem experiência, em arquivos eletrônicos, identificados com o nome e
sobrenome, para o e-mail:selecao@unfpa.org.br,
com o assunto: Oficinas Juventude Viva/ Nome do estado para o qual se
candidata.
Os requisitos para contratação são nível superior, preferencialmente da
área de humanidades; mínimo de três anos de experiência comprovada com a
temática racial; mínimo de um ano de experiência comprovada em facilitação e
mediação de grupos; ser residente no estado para o qual está concorrendo à
vaga.
São desejáveis conhecimentos sobre os principais conceitos e abordagens
relacionados a políticas públicas, políticas de juventude, direitos humanos,
relações raciais e, enfrentamento ao racismo.
A duração do trabalho é de 16 de junho a 10 de dezembro.
Encontro do Grupo
de Trabalho
O Plano Juventude Viva foi apresentado, na última quinta-feira (15), no
7º Encontro do Grupo de Trabalho Fundamental Brasi, promovido pelo Ministério
da Educação em Brasília. O Programa Mais Educação é um dos pactuados no
Juventude Viva. A adequação dos currículos para jovens 15 a 17 anos é
também um dos debates no Plano Nacional de Educação.
Segundo Fernanda Papa, coordenadora do Plano Juventude Viva, há
evasão maior de jovens nesta faixa etária e idade escolar, sobretudo de
famílias de baixa renda. “Estes adolescentes estão nos grupos que merecem
especial atenção no Juventude Viva, por estarem sob o risco de aumentar
sua vulnerabilidade à violência”, completa.
Juventude Viva
Os homicídios são
hoje a principal causa de morte de jovens de 15 a 29 anos no Brasil e atingem
especialmente jovens negros do sexo masculino, moradores das periferias e áreas
metropolitanas dos centros urbanos.Dados do Ministério da Saúde mostram que
mais da metade (53,3%) dos 49.932 mortos por homicídios em 2010 no Brasil eram
jovens, dos quais 76,6% negros (pretos e pardos) e 91,3% do sexo masculino.
Em resposta a esse desafio, o Governo Federal lançou a primeira fase do
Plano de Enfrentamento à Violência Contra a Juventude Negra - Juventude Viva.
Sob a coordenação da SEPPIR e da Secretaria-Geral da Presidência da República,
por meio da Secretaria Nacional de Juventude, o Juventude Viva é fruto de uma
intensa articulação interministerial para enfrentar a violência contra a
juventude brasileira, especialmente os jovens negros, principais vítimas de
homicídio no Brasil.
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