Manejo da fauna e flora
amazônicas são tema de novas publicações do Instituto Mamirauá
Objetivo do órgão é estimular
práticas sustentáveis entre manejadores e assessorias técnicas, de modo a
incentivar o melhor aproveitamento dos recursos naturais
Reprodução/ACRITICA.COM
As iniciativas do Instituto Mamirauá buscam ampliar
o conhecimento e o aproveitamento sustentável dos recursos da floresta, como o
estudo e a caça dos pirarucus (Arquivo AC)
Para disseminar práticas sustentáveis de manejo de
recursos naturais, o Instituto Mamirauá acaba de lançar três publicações
visando orientar manejadores ou assessorias técnicas na implementação desses
processos. Os materiais estão voltados para orientar interessados em manejo de
jacarés, manejo florestal e manejo de pirarucus. As três iniciativas são
baseadas em experiências desenvolvidas nas Reservas Mamirauá e Amanã.
Dando continuidade à série de protocolos de manejo
de recursos naturais do Instituto Mamirauá, “Construindo as bases para um
Sistema de Manejo Participativo dos Jacarés Amazônicos” baseou-se em processos
experimentais em dois setores da Reserva Mamirauá: Jarauá e Aranapu. A proposta
aborda critérios e orientações para definir as primeiras fases da estruturação
do manejo de jacarés com envolvimento e participação das comunidades.
Na opinião do pesquisador do Instituto Mamirauá
Robinson Botero-Arias, um dos autores do protocolo, o documento foi estruturado
tendo como base as legislações estadual e federal, assim como os critérios
biológicos e sociais que regem o plano de gestão da Reserva Mamirauá. “O
objetivo do protocolo de manejo de jacarés é apresentar de forma clara e
estruturada os critérios e as diretrizes para construção e implementação de um
sistema de manejo de jacarés, com base comunitária”, comentou o pesquisador.
Contagem e Censo Populacional de Pirarucu
Organizações interessadas em realizar a atividade
de manejo de pirarucu na região amazônica podem acessar a cartilha que trata da
contagem e censo populacional da espécie. A publicação tomou como base estudos
científicos e a experiência acumulada de 15 anos de assessoria técnica aos
projetos de manejo pelo Instituto Mamirauá. O material traz informações sobre o
sistema respiratório do pirarucu que possibilitou o método de contagem e sua
utilidade.
Na aplicação do método, é possível conhecer a
divisão das unidades de áreas, posicionamento dos contadores, tempo de
contagem, tamanho e classificação dos peixes, além de formas sobre como
quantificar e registrar os dados durante as contagens. Para o técnico em pesca,
Ruiter Braga, um dos autores da publicação, a cartilha é uma ferramenta que
visa compartilhar, de forma didática e padronizada, a aplicação do método. “O
objetivo é orientar organizações de pescadores interessadas e auxiliar técnicos
no treinamento de pescadores experientes”, enfatizou o técnico.
Princípios de Manejo Florestal
Visando contribuir com a organização socioeconômica
das comunidades rurais, o Programa de Manejo Florestal Comunitário do Instituto
Mamirauá apresenta “Princípios de Manejo Florestal”, para apoiar pessoas que
trabalham ou pretendem trabalhar com manejo florestal comunitário. A cartilha
também proporciona uma leitura sobre os conceitos básicos do manejo, para que
serve um plano de manejo, legislação e suas principais mudanças em relação ao
manejo, além da importância do manejo florestal e seus benefícios.
De acordo com Elenice Assis, coordenadora do
Programa de Manejo Florestal Comunitário, a cartilha de Princípios de Manejo é
a primeira de uma série que o programa irá lançar. “A cartilha faz parte do
passo a passo do manejo florestal que é repassado aos manejadores da Reserva
Mamirauá. É a parte introdutória das orientações técnicas sobre o plano de
manejo florestal. Após essa etapa, serão feitas as cartilhas com as demais
fases desse processo, fundamentais para executar a atividade com mais
eficiência”, enfatizou a coordenadora.
* Com informações da assessoria de comunicação
do Instituto Mamirauá.
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