sábado, 18 de julho de 2015

TCU determina investigação nos recursos da merenda escolar da Prefeitura de Manaus



Os Ministros do Tribunal de Contas da União, da 2ª Câmara, em unanimidade julgaram procedente a representação do vereador Professor Bibiano (PT) que denunciou possíveis irregularidades ocorridas na aplicação de recursos federais do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), durante o exercício de 2014, pela Prefeitura de Manaus e determinaram fiscalização imediata da aplicação dos recursos transferidos pelo Fundo à Prefeitura de Manaus para a aquisição de merenda escolar.

Dados coletados no site do Ministério da Educação indicam que foram repassados pelo FNDE à Prefeitura de Manaus de janeiro de 2014 a julho deste ano R$ 20,746 milhões para aquisição de itens da merenda escolar.

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação terá de analisar documentação relacionada com as irregularidades denunciadas por Bibiano que dizem respeito à aplicação dos recursos repassados pelo  Programa Nacional de Alimentação Escolar, exercício de 2014, e informe o TCU, no prazo de 90 dias, a respeito das conclusões e das providências eventualmente adotadas.

Em seu voto o ministro André de Carvalho, relator da denúncia, diz o que as irregularidades apontadas contra a prefeitura do tucano Arthur Neto, são graves e merecem ser investigadas.

O vereador Bibiano é autor de uma série de denúncias, desde 2013, sobre a falta de merenda em escolas da rede pública municipal de ensino. A situação foi comprovada durante fiscalizações feita pelo vereador a unidades escolares de diversas zonas da cidade.

De acordo com o parlamentar, a situação encontrada foi extremamente grave. Muitas escolas estão sem nenhuma merenda e em outras, estão sendo servidos apenas suco e bolacha. 

“Testemunhamos diversas situações em que a merenda escolar não está chegando aos alunos. Isso é um total desrespeito porque não se trata de um favor e sim, de um direito garantido”, disse o parlamentar, ressaltando ainda que ainda há casos em que professores e diretores são submetidos ao papel vexatório de ter de vender picolé para garantir algum tipo de alimentação para os alunos.

Além de ser um atentado à dignidade de milhares de estudantes da cidade, conforme o parlamentar, essa situação de falta de alimentação nas escolas coloca a própria saúde das crianças em risco, bem como causa enorme prejuízo na aprendizagem dos estudantes.

“É de causar perplexidade a forma como a Prefeitura está gestando a Educação municipal, principalmente, no que se refere à questão da merenda, considerando esse montante de recurso repassado pelo Governo Federal para essa finalidade”, repudiou Bibiano.

O vereador criticou ainda o total fracasso do Programa de Alimentação Escolar (PAE), lançado em 2013 pela Prefeitura, que prometia sete refeições diárias para as crianças. “Esse programa foi um fracasso. Não passou de uma jogada de marketing da Prefeitura, com o único objetivo de convencer a população de uma realidade que não existe”, disparou.
Reprodução www://fatoamazonico.com

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