De
repente, alguém se torna presente. (*)
Eis
que de repente, alguém se torna presente.
Desculpai-me
não ser bem eu.
Entretanto,
ficaste no meu coração.
Somos
um instante mínimo de mil fragmentos,
Em
um jogo misterioso, aproximamo-nos e afastamo-nos,
E por
entre as circunstâncias fluímos.
Todo
passado é como ingênua infância.
Somos
novos e antigos todos os dias.
Seja
o que for agora, onde quer que estejas,
Vejo-te
na miragem dos meus sonhos.
Oh! Eleita.
Vem
de manso... de leve... e suave como uma prece.
Fluindo
poesia por entre teu sorriso.
Oh!
Eleita.
Fácil
seria dizer:”... eu te amo...”
Difícil,
saber que amor sentimos, damos, desejamos.
Oh!
Eleita.
Fácil
é dizer: “...para sempre...”
Difícil
é saber até onde ressoa tão grande juramento.
Porque
seus olhos seduzem como a madrugada.
E
minha linguagem é este aroma, esta flor.
O
que um dia foi imagem, fez-se agora presente-ausente,
Breve
saudade.
Agora
preciso me despedir.
Não
me fiz presença: surgi.
E
antes de me entenderes, sussurro ao tem ouvido....
Já
não sou eu, mas o existente-ausente-presente..
Já
que não sei os motivos por que vim.
Melhor
assim. E aonde for
Leva
o perfume desse dia delirante,
Nas
asas da loucura inebriante.
(*)
uma poética intervencionista na poesia de Cecília Meireles
Josenildo
Santos de Souza – Dezembro/2006.
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