Cerca de 1.800 professores de escolas do campo e de comunidades
quilombolas das redes estaduais e municipais de educação básica vão concluir,
no primeiro semestre de 2019, cursos de formação continuada pelo programa
Escola da Terra, do Ministério da Educação - MEC.
O objetivo é promover o aperfeiçoamento do ensino, com foco na realidade
local, nas zonas rurais do país. Ceará, Alagoas, Paraná, Rio de Janeiro, Minas
Gerais, Distrito Federal e Rio Grande do Sul serão os próximos estados
contemplados com a iniciativa até julho de 2019.
No Rio Grande do Norte, 188 professores finalizaram, nesta sexta-feira,
22, o curso de formação continuada, em parceria com a Universidade Federal do
Rio Grande do Norte (UFRN) e com a Secretaria de Estado da Educação e da
Cultura (SEEC/RN). Para Josélia Cardoso, professora do município de Santa Cruz
há 31 anos, o programa a ajudou no aprimoramento, bem como inovação da prática
pedagógica, pois trabalha mais a realidade do aluno na região.
“O que mais me chamou a atenção foi o aprendizado sobre agroecologia.
Isso será muito importante para nossa comunidade. Espero que outras edições
aconteçam e que sejamos contemplados”, afirmou a professora. A iniciativa está
em sua terceira edição no Rio Grande do Norte e já contemplou 638 professores
de escolas do campo no estado.
À frente do programa, o secretário de Modalidades Especializadas de
Educação, Bernardo Goytacazes de Araújo, destaca que o intuito do projeto é que
os conhecimentos adquiridos possam ser aplicados em benefícios à comunidade
local, na geração de emprego e renda, na manutenção das pessoas no campo e na
melhora da qualidade de vida nessas regiões.
Goytacazes afirma também que já há uma parceria em andamento com a UFRN
e a secretaria estadual para estender o curso de formação aos professores do
ensino médio, além da construção de uma Escola da Terra com ensino técnico no
estado.
“Buscamos identificar as necessidades de ensino nessas regiões, como
quais cursos técnicos são mais adequados à demanda da comunidade rural. Focamos
no fortalecimento de conhecimentos em empreendedorismo e tecnologias aplicadas
para garantir o melhor aproveitamento das disciplinas e conhecimentos
ministrados”, explica o secretário. O programa já contemplou 22 mil professores
de escolas do campo e comunidades quilombolas de 23 estados do país.
Formação – A Escola da Terra é um programa do Ministério da Educação
para a formação continuada de professores em serviço em escolas do campo. Todas
as atividades formativas são realizadas por universidades públicas, mediante
adesão.
Em 2013, o MEC selecionou sete universidades federais para participar de
um projeto-piloto da Escola da Terra, em quatro das cinco regiões do país, com
7,5 mil vagas: universidades federais do Amazonas (Ufam), da Bahia (UFBA), do
Pará (UFPA), de Pernambuco (UFPE), do Rio Grande do Sul (UFRGS), de Minas
Gerais (UFMG) e do Maranhão (UFMA).
Entre os principais objetivos do programa estão a melhoria das condições
de acesso, permanência e aprendizagem dos estudantes do campo e quilombolas em
suas comunidades, por meio do apoio à formação de professores que atuam nas
turmas dos anos iniciais do ensino fundamental. A intenção é fortalecer a
escola, compostas por estudantes de variadas idades, como espaço de vivência
social e cultural.
Com informações da Assessoria de Comunicação Social
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