domingo, 4 de dezembro de 2016

8º Seminário Interinstitucional de Filosofia na Amazônia apresenta manifesto

Professores e estudantes de Filosofia da UFAM, UEA e FSDB apresentam manifesto ao final de evento


No dias 23, 24 e 25 professores e alunos dos cursos de Filosofia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e Faculdade Salesiana Dom Bosco (FSDB) participaram do 8º Seminário Interinstitucional de Filosofia, realizado no auditório da Faculdade (Acesse o site).

Ao final do evento, as instituições leram o seguinte manifesto:
Sobre o Desprezo aos Direitos Sociais e à Democracia no Brasil
Nós, estudantes, professores e professoras de filosofia, participantes do  8º Seminário Interinstitucional de Filosofia: Desafios da Democracia na Atualidade, realizado no período de 23 a 25 de novembro de 2016, na cidade de Manaus, na Faculdade Salesiana Dom Bosco (FSDB), promovido pelos Departamentos de Filosofia da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e FSDB, avaliamos com profundidade os desafios em curso no Brasil. Eles impedem as práticas democráticas e contribuem para a fragilidade e instabilidade da jovem democracia de nosso país.

Testemunhamos com revolta e indignação a retirada de direitos sociais, conquistados com duras lutas ao longo da nossa história, de modo especial a educação pública, gratuita e democrática.
Rejeitamos a forma autoritária como o governo federal vem tratando questões fundamentais para a vida das brasileiras e brasileiros, como por exemplo, a PEC 55 (antiga PEC 241), que congela os gastos com saúde, educação e assistência social por cerca de 20 anos. Destarte, nos últimos anos, apenas cerca de 3% do PIB anual foi destinado para a educação (pública e privada), o que já tem gerado um déficit incomensurável para a qualidade da educação.

Também repelimos a MP 746, que propõe a reforma do ensino médio de forma precipitada e autoritária, sem permitir qualquer debate com os diversos segmentos da sociedade, de modo especial a parcela da sociedade menos favorecida que depende unicamente da educação pública (a mais prejudicada com a reforma governista e entreguista da educação pública para a iniciativa privada).
Finalmente, repudiamos veementemente a repressão policial às diversas ocupações de escolas e órgão públicos por todo o país, uma vez que os jovens ocupantes destes espaços reivindicam de forma justa e legítima o direito a uma educação pública, gratuita, democrática e de qualidade, por isto, rejeitamos a proposta da PEC 55 e MP 746.

Conclamamos a mais pessoas, cidadãos e cidadãs, a somar forças em prol da promoção da vida digna e justa para todas e todos que almejam dias melhores.
Manaus, 25 de novembro de 2016.

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