segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Projeto PROINDUS divulga edital do Fundo Amazônia/BNDES que financia, em até R$ 30 milhões, atividades econômicas sustentáveis

A coordenação do projeto PROINDUS – que atua na inovação tecnológica em processos de industrialização de produtos florestais -  divulga a Chamada Pública do Fundo Amazônia (BNDES) voltada a selecionar propostas a obter apoio financeiro não reembolsável para projetos com base no uso sustentável de recursos naturais.
  Agregação de valor é a solução para manutenção da florestaAgregação de valor é a solução para manutenção da floresta
As propostas e atividades  a serem apoiadas devem beneficiar grupos sociais em situação de vulnerabilidade social, prioritariamente povos e comunidades tradicionais, povos indígenas, quilombolas, assentados da reforma agrária, pescadores artesanais, aquicultores familiares e agricultores familiares localizados na Amazônia Legal.



Fortalecimento de empreendimentos comunitários
Os arranjos produtivos locais selecionados devem explorar as vocações econômicas regionais e os preceitos de sustentabilidade financeira, de maneira a consolidar ou fortalecer empreendimentos comunitários que mantenham a floresta em pé e favoreçam oportunidades de sustentabilidade financeira e conservação da biodiversidade.

Temas das propostas
As propostas devem abranger, ao menos, uma das seguintes categorias de atividades econômicas: manejo florestal madeireiro e não-madeireiro, incluindo manejo de fauna silvestre; aquicultura e arranjos de pesca; sistemas alternativos de produção de base agroecológica e agroflorestal e turismo de base comunitária.

Marca Amazônia
O coordenador do Projeto PROINDUS na Ufam, professor Fernando Cardoso Lucas Filho, afirma que a Amazônia é uma marca que vem sendo subaproveitada. “Pensamos que não é admissível que uma floresta tão rica em recursos naturais tenha uma população tão pobre. Queremos mudar essa realidade e o caminho é o adensamento das cadeias produtivas regionais. 

Queremos convencer as pessoas de que a industrialização de recursos naturais de fontes sustentáveis é mais atrativa economicamente do que a retirada da floresta para formação pastagens, usadas na pecuária extensiva, por exemplo. 

Nosso papel como Universidade é elaborar o plano de negócio, estabelecer a marca, melhorar produtos e seus processos produtivos, buscar os parcerias comerciais até mesmo fora de Manaus, inclusive no exterior, e ensinar a fazer isso numa economia de escala industrial. São diversas as dissertações que demonstram a total viabilidade de trabalhar, por exemplo, com madeiras provenientes de fontes sustentáveis para confecção de móveis e artefatos de alto valor agregado, que permitem rentabilidade de cerca de R$ 2.200,00/ha.ano. 

Maiores, portanto, que as obtidas com a criação de gado.  Entre outras potencialidades, essas são as boas perspectivas para que a marca Amazônia deixe de ser subaproveitada na nossa região”, declarou o coordenador do PROINDUS, projeto que trabalha com a inovação tecnológica em processos de industrialização de produtos florestais.

Participação da Ufam
Docente da disciplina Elaboração e Avaliação de Projetos na Faculdade de Ciências Agrárias da Ufam (FCA), com doutorado em Engenharia de produção pela Universidade Federal de Santa Catarina na área de  gestão do produto e do projeto, o professor Fernando Cardoso também explica como a Universidade vai auxiliar os proponentes na elaboração dos projetos a serem submetidos ao Fundo Amazônia. 

“Nossa proposta é ajudar os comunitários, as associações civis, ONG’s e empresas na elaboração do projeto, juntamente com o apoio da Universidade Federal do Paraná e da Fundação de Pesquisas Florestais do Paraná. Queremos aproveitar a aptidão que as comunidades têm ao trabalharem com fibras, madeiras e demais recursos da floresta e juntar com o conhecimento técnico e acadêmico que temos na universidade. Pretendemos transformar o que é artesanal em algo mais organizado, com a implementação do modelo industrial de produção e voltado para o mercado externo; retirando aquele atravessador que ganha muito mais dinheiro do que quem produz”.

Contato com a Ufam
A submissão de projetos ao BNDES pode ser realizadas até o dia 07 de dezembro de 2017. Mas o prazo para manifestação de interesse por parte das organizações deve ser até final de setembro para que haja tempo hábil para elaboração dos projetos.

Os interessados em obter o auxílio na elaboração dos projetos a serem submetidos ao Fundo Amazônia devem se dirigir ao Laboratório de Estruturas e Secagem de Madeira, no 2º andar do prédio 2 da Faculdade de Ciências Agrárias (FCA) – Setor Sul do Campus Universitário Arthur Virgílio Filho e procurar o professor Fernando Cardoso Lucas Filho.

Sobre o Fundo Amazônia
O Fundo Amazônia é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento BNDES e tem por finalidade apoiar projetos não-reembolsáveis que visam a promoção de atividades econômicas desenvolvidas a partir do uso sustentável dos recursos florestais na Amazônia Legal, apostando na redução do desmatamento e, consequentemente, da emissão de gases do efeito estufa.
Anexos:
Fazer download deste arquivo (Chamada_Publica_APS_II_Edital.pdf)Edital da Chamada Pública[ ]152 kB

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