terça-feira, 28 de novembro de 2017

Em Seminário da 'Folha de São Paulo', reitor fala de vanguarda da Ufam e sugere bioindústria no Amazonas

  Reitor, professor Sylvio Puga, se pronuncia durante seminário. À esquerda, o coord. de Pesquisas do Inpa e à direita. o pesquisador da UFRJReitor, professor Sylvio Puga, se pronuncia durante seminário. À esquerda, o coord. de Pesquisas do Inpa e à direita. o pesquisador da UFRJ
O reitor da Universidade Federal do Amazonas, professor Sylvio Puga, participou, na última segunda-feira, 27, da primeira edição do Seminário 'O Futuro da Amazônia', promovido em Manaus, pelo jornal 'Folha de São Paulo', no Teatro Manauara, bairro Aleixo. Acerca do tema do evento foram pontuados assuntos relacionados ao turismo sustentável, ao uso responsável dos recursos naturais da maior floresta tropical do mundo e os desafios do desenvolvimento da pesquisa científica na região Norte. Sobre este último tópico, discorreram ao longo de um painel de debate, de pouco mais de meia hora, o reitor da Ufam, o coordenador de pesquisas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), professor Paulo Maurício Graça e o pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rodrigo Leão de Moura, integrante do grupo de pesquisa que descreveu os recifes de corais na foz do Rio Amazonas.
 
Em sua participação, o reitor destacou o ineditismo da Universidade que, ao longo de seus 109 anos de existência, atuou na vanguarda de temas caros ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia, perpassando sua responsabilidade social com vistas ao futuro da Amazônia. 
 
"A Ufam criou, há mais de 20 anos, o primeiro curso de mestrado e doutorado em Biotecnologia do País, quando ainda nem se concebia tamanha importância à área da forma como ela se apresenta nos dias atuais. Naquele momento, em que acompanhávamos a agenda de desenvolvimento mundial, olhando para a Amazônia e refletindo diante da abertura econômica que foi promovida a partir dos anos de 1990, a Ufam colocou em cheque a necessidade de reestrutração de um olhar sobre o Estado acima do modelo Zona Franca de Manaus. Assim, a partir do trabalho de seus pesquisadores em cooperação com outros, oriundos dos centros de ensino e pesquisa, instituíram o curso de pós-graduação, que definiu e estabeleceu um norte para o campo científico na região", salientou o reitor.
 
Reforçando a ideia expansionista, o reitor mencionou, ainda, a ampliação da Universidade para localidades longínquas e estratégicas. "Nosso Estado não é homogênio e posso ilustrar isso com um exemplo simples que é o nosso bioma. Da mesma forma, podemos falar sobre nossos municípios, os quais têm especificidades e requerem visões e políticas diferenciadas para atender a suas demandas locais. Por isso, há cerca de uma década, a Ufam, por meio de projeto submetido e acatado pelo Ministério da Educação (MEC), instituiu cinco unidades acadêmicas no interior a parter das necessidades de cada mesorregião do nosso Estado: Benjamin Constant, para abranger os municípios do Alto Solimões; o de Coari, com vistas a beneficiar o Médio Solimões; o campus de Humanitá, funcionando no Vale do Rio Madeira, o de Itacoatiara, com estrutura no Médio Amazonas e por fim, o campus de Parintins, com cursos para prover melhorias para os moradores das cidades do Baixo Amazonas", enumerou o reitor. 
 
Participantes do painel da Folha de São Paulo, com o diretor de Marketing e organizador do evento, à direitaParticipantes do painel da Folha de São Paulo, com o diretor de Marketing e organizador do evento, à direita
Mercado e sustentabilidade - Sobre potencialidade regional, o gestor da Administração Superior da Ufam também vislumbrou um nicho de investimento na região, a bioindústria, a mesma que promete ser um dos maiores mercados mundiais nas próximas décadas. Nela, o conhecimento científico pesquisas e desenvolvimento tecnológico se agregam e convergem no atendimento às novas demandas da sociedade no decorrer do século XXI, em especial no que se refere à alimentação, agricultura, farmácia, saúde, energia e meio ambiente.  "Essa é uma das oportunidades ao qual podemos lançar, mas que demanda mão-de-obra qualificada e de investimento, daí o papel da Universidade, que é estratégica, qualificando as pessoas", observou, salientando a importância de se aliar o modelo sustentável à ciência e à tecnologia.

O reitor, professor Sylvio Puga, deu destaque às parcerias institucionais como meios de ampliar o poderio científico-tecnológico das Universidades. Na oportunidade, fazendo referência à participação de um representante do Inpa no painel de debates, o reitor revelou que ainda este ano, será renovada a parceria entre a Universidade e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). 
 
Tema debatido na casa - O diretor de Marketing do jornal Folha de São Paulo, Murilo Bussab falou da importância da escolha dos temas para estabelecer uma agenda e um olhar nacional sobre assuntos em voga. "A temática nos trouxe para o Amazonas, por isso nada mais justo e salutar do que falarmos sobre essa riqueza onde ela está", disse. Para ele, o grande objetivo do evento é reunir cientistas, formadores de opinião, representantes políticos e a sociedade, nosso grande público. Segundo ele, o conteúdo será abordado em um caderno especial no veículo impresso, que pode ser comprado em grandes bancas de jornais e revistas. O seminário teve transmissão simultânea. 
Fonte: Ascom

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