A proposta de instalação de um parque tecnológico
em Manaus (AM), tendo como núcleo principal o Instituto Nacional de Pesquisas
da Amazônia (Inpa/MCTI), foi assunto discutido em reunião com o novo secretário
de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia
e Inovação (Setec/MCTI), Eron Bezerra, e representantes das principais
instituições de ciência e tecnologia do Amazonas, na tarde do dia 9/03/2016, na
sede do Instituto, em Manaus. A Setec também pretende criar um parque
tecnológico em Santarém, no Pará, e no Acre.
A ideia do secretário é trazer para esse arranjo
tecnológico a cooperação de instituições de ponta do MCTI, como o Centro
Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), o Instituto Nacional de Tecnologia
(INT), o Centro de Tecnologia Mineral (Cetem), o Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe), laboratórios de nanotecnologias, dentre outras. A
Setec também pretende criar um arranjo tecnológico em Santarém, no Pará, e no
Acre.
“A criação do parque tecnológico em Manaus tem
grande possibilidade de se expandir em rede. É o início de uma ideia que
envolve a academia, o governo e também o empresariado” disse o diretor do Inpa,
o pesquisador Luiz Renato de França. De acordo com Bezerra, a partir dessa reunião os
representantes das instituições definirão as prioridades de pesquisas que serão
aliadas com as necessidades do empresariado. Para ele, o parque é um ambiente
acadêmico voltado para responder a desafios tecnológicos para as empresas e,
portanto, gerar conhecimento e renda. “O objetivo central de um parque é o
conhecimento e a tecnologia voltados para a geração de negócios”, ressaltou.
Segundo o titular da Setec, o próximo passo é criar
uma comissão operacional formada por representantes das instituições de
pesquisa, do setor empresarial e também da área agrícola com o objetivo de
definir a natureza jurídica do parque.
Ainda segundo o secretário, pela nova Lei de
Ciência e Tecnologia, chamada de Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação,
as empresas poderão contratar legalmente pesquisadores para trabalhar dentro
das empresas utilizando recursos do Processo Produtivo Básico (PPB) e da Lei do
Bem. A Lei do Bem concede incentivos fiscais às empresas
que investem em pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica. No
Amazonas, das mais de 600 empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus,
somente 14 delas utilizaram a Lei do Bem, em 2013. Já o PPB é um incentivo
dados às empresas e consiste de etapas fabris míninas necessárias que deverão
ser cumpridas para fabricar determinados produtos. Os PPbs são estabelecidos
pelo ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e da
Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Além do diretor do Inpa, Luiz Renato de França,
participaram da reunião o coordenador geral da área de Inovação Tecnológica da
Setec, Carlos Alberto Lima Neri; a pró-reitora de Inovação Tecnológica da
Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Maria do Perpetuo Socorro Rodrigues
Chaves; a coordenadora de Empreendedores e Habitat de Inovação da Ufam, Claudia
Tavares; o coordenador da Incubadora da Universidade do Estado do Amazonas
(UEA), Salvio Rizzato; e o chefe geral da Embrapa, Luiz Marcelo Rossi.
Também participaram da reunião instituto, o
vice-diretor e coordenador de Ações Estratégicas do Inpa, Luiz Antônio de
Oliveira; a coordenadora de Extensão Tecnológica do Inpa, Noélia Falcão; a
pesquisadora Sonia Alfaia, e o chefe de Gabinete, Sergio Guimarães.
Com informações da Ascom Inpa
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