terça-feira, 29 de dezembro de 2015

IBGE aponta: Tratamento com plantas medicinais faz parte da realidade de 160 mil no Amazonas



Em Matéria do Portal D24am, indica que dados divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), aponta que o uso de plantas medicinais e fitoterápicas, faz parte da realidade de 160 mil pessoas que moram no Amazonas.

Nas feriras e mercados de Manaus, é possível encontrar a comercialização de ervas, raízes e remédios naturais que prometem desde a cura do câncer e da aids, até o tratamento da depressão, impotência sexual e reumatismo.  
Para uma parcela da população, uma assistência aos tratamentos clínicos, para outros, única fonte de cura: a fitoterapia, adquire simpatizantes que optam pelo uso de recursos naturais para tratar problemas de saúde.
Entretanto, os médicos alertam quanto aos cuidados no uso das substâncias tão procuradas pelo público mais idoso e que vem ganhando adeptos entre os jovens. 

A comerciante Julianna Barbosa, 31, relata que aprendeu utilizar remédios caseiros para a curar de gripes e doenças dermatológicas, com a avó. A comerciante afirma que
“Cresce tomando chá de boldo para dor de barriga, de alho para gripe e com o tempo vai percebendo que esses remédios sempre funcionam, até melhor que os remédios que os médicos passam”, disse.
Entretanto, os médicos alertam quanto aos cuidados no uso das substâncias tão procuradas pelo público mais idoso e que vem ganhando adeptos entre os jovens. O médico adepto da homeopatia, Raimundo Telles, afirma que o tratamento com fitoterápicos é “extremamente perigoso”, por causa da falta de padrão na administração dos fitoterápicos.
Mas em pesquisa realizada em 2013, das 157 mil pessoas consultadas na PNS, os tratamentos alternativos, incluindo a homeopatia, fitoterapia e acupuntura, têm eficiência muito boa e boa; regular para 52 mil; e ruim e muito ruim para 17 mil pessoas. No Estado, segundo a pesquisa, os pardos (128 mil) são os que mais aderem ao modelo de tratamento, seguidos pelos brancos (24 mil) e pretos (5 mil).
Segundo o Ministério da Saúde (MS), o fitoterápico são substâncias derivadas de plantas reconhecidas por sua eficácia e usadas de forma milenar no tratamento de determinadas patologias. Enquanto que, o remédios naturais, segundo o órgão, são quaisquer substâncias retiradas na sua forma bruta da natureza, praticamente sem purificação alguma e utilizadas como medicamentos.
Os tratamentos alternativos com o consumo de ervas, madeiras e preparos como xaropes e as conhecidas ‘garrafadas’, são comercializados em feiras na capital como o Mercado Adolpho Lisboa, no Centro cidade.
 A falta de fiscalização e regulamentação da venda deste tipo de medicamento, para Raimundo dos Santos, que trabalha há 30 anos com a venda de remédios naturais, tira a credibilidade do método. “É proibido vender, inclusive a copaíba. Tem muito remédio falsificado, eles trocam por óleo de cozinha. Mas eu acho que se tivesse um reconhecimento da Anvisa  (Agência de Vigilância Sanitária), uma fiscalização que atestasse se o remédio é ou não original ia melhorar para nós e para o cliente”, disse.
Falta de conhecimento faz médicos ficarem atentos
Para o presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), Mario Vianna, o uso de fitoterápicos ainda é visto com muita resistência dentro do ambiente médico por causa da falta de incentivo sobre assunto das universidades.
  Segundo o médico, mesmo com a eficiência comprovada de alguns fitoterápicos, é preciso ter cautela e procurar um médico experiente do assunto.
“Eu receito para as minhas pacientes que estão no período da menopausa o extrato de soja e o resultado é muito bom com menos efeitos colaterais. Eu vejo com bons olhos e acho que diminuiria o custo no serviço público se os remédios que são comprovadamente eficazes fossem utilizado, mas acho que existe uma pressão da indústria dos medicamentos muito grande para que isso não ocorra”, disse.

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