Em
Matéria do Portal D24am, indica que dados divulgada pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatísticas (IBGE), aponta que o uso de plantas medicinais e
fitoterápicas, faz parte da realidade de 160 mil pessoas que moram no Amazonas.
Nas feriras e mercados de Manaus, é possível
encontrar a comercialização de ervas, raízes e remédios naturais que prometem
desde a cura do câncer e da aids, até o tratamento da depressão, impotência
sexual e reumatismo.
Para uma parcela da população, uma assistência aos
tratamentos clínicos, para outros, única fonte de cura: a fitoterapia, adquire
simpatizantes que optam pelo uso de recursos naturais para tratar problemas de
saúde.
Entretanto, os médicos alertam quanto aos cuidados
no uso das substâncias tão procuradas pelo público mais idoso e que vem
ganhando adeptos entre os jovens.
A comerciante Julianna Barbosa, 31, relata que aprendeu utilizar remédios caseiros para a curar de gripes e doenças dermatológicas, com a avó. A comerciante afirma que
“Cresce tomando chá de boldo para dor de barriga,
de alho para gripe e com o tempo vai percebendo que esses remédios sempre
funcionam, até melhor que os remédios que os médicos passam”, disse.
Entretanto, os médicos alertam quanto aos cuidados
no uso das substâncias tão procuradas pelo público mais idoso e que vem
ganhando adeptos entre os jovens. O médico adepto da homeopatia, Raimundo
Telles, afirma que o tratamento com fitoterápicos é “extremamente perigoso”,
por causa da falta de padrão na administração dos fitoterápicos.
Mas em pesquisa realizada em 2013, das 157 mil
pessoas consultadas na PNS, os tratamentos alternativos, incluindo a
homeopatia, fitoterapia e acupuntura, têm eficiência muito boa e boa; regular
para 52 mil; e ruim e muito ruim para 17 mil pessoas. No Estado, segundo a
pesquisa, os pardos (128 mil) são os que mais aderem ao modelo de tratamento,
seguidos pelos brancos (24 mil) e pretos (5 mil).
Segundo o Ministério da Saúde (MS), o fitoterápico
são substâncias derivadas de plantas reconhecidas por sua eficácia e usadas de
forma milenar no tratamento de determinadas patologias. Enquanto que, o
remédios naturais, segundo o órgão, são quaisquer substâncias retiradas na sua
forma bruta da natureza, praticamente sem purificação alguma e utilizadas como
medicamentos.
Os tratamentos alternativos com o consumo de ervas,
madeiras e preparos como xaropes e as conhecidas ‘garrafadas’, são
comercializados em feiras na capital como o Mercado Adolpho Lisboa, no Centro
cidade.
A falta de
fiscalização e regulamentação da venda deste tipo de medicamento, para Raimundo
dos Santos, que trabalha há 30 anos com a venda de remédios naturais, tira a
credibilidade do método. “É proibido vender, inclusive a copaíba. Tem muito
remédio falsificado, eles trocam por óleo de cozinha. Mas eu acho que se
tivesse um reconhecimento da Anvisa (Agência de Vigilância Sanitária),
uma fiscalização que atestasse se o remédio é ou não original ia melhorar para
nós e para o cliente”, disse.
Falta de conhecimento faz médicos ficarem atentos
Para o presidente do Sindicato dos Médicos do
Amazonas (Simeam), Mario Vianna, o uso de fitoterápicos ainda é visto com muita
resistência dentro do ambiente médico por causa da falta de incentivo sobre
assunto das universidades.
Segundo o médico, mesmo com a eficiência
comprovada de alguns fitoterápicos, é preciso ter cautela e procurar um médico
experiente do assunto.
“Eu
receito para as minhas pacientes que estão no período da menopausa o extrato de
soja e o resultado é muito bom com menos efeitos colaterais. Eu vejo com bons
olhos e acho que diminuiria o custo no serviço público se os remédios que são
comprovadamente eficazes fossem utilizado, mas acho que existe uma pressão da
indústria dos medicamentos muito grande para que isso não ocorra”, disse.
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