Em evento no Chile para
discutir desafios de saúde do público feminino e infanto-juvenil, a
secretária-executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o
Caribe (CEPAL), Alicia Bárcena, alertou que na região “a pobreza tem o
rosto de mulher”. Segundo a dirigente, mulheres representam uma parcela
desproporcionalmente maior dos segmentos de menor renda. Miséria também
afeta o bem-estar das crianças e adolescentes.
Em evento no Chile para discutir desafios de saúde do público
feminino e infanto-juvenil, a secretária-executiva da Comissão Econômica
para a América Latina e o Caribe (CEPAL),
Alicia Bárcena, alertou que na região “a pobreza tem o rosto de
mulher”. Segundo a dirigente, mulheres representam uma parcela
desproporcionalmente maior dos segmentos de menor renda. Miséria também
afeta o bem-estar das crianças e adolescentes.
“O gênero, a idade e a condição étnico-racial são três eixos
determinantes da distribuição do bem-estar e do poder na sociedade”,
disse a dirigente do organismo regional no primeiro dia do encontro de
alto nível Todas as Mulheres, Todas as Crianças, Todos os Adolescentes, na segunda-feira (3), em Santiago.
Por isso, segundo a chefe da CEPAL, “políticas públicas devem
acompanhar as pessoas nas diferentes etapas de suas vidas, respondendo
aos riscos e vulnerabilidades particulares de cada uma delas”. A
secretária-executiva defendeu que o enfoque de gênero e de ciclo de vida
é crucial para garantir os direitos das mulheres e dos jovens.
Durante a reunião na capital chilena, encerrada em , a presidenta
Michelle Bachelet apresentou um plano para que países latino-americanos e
caribenhos implementem compromissos globais pela saúde de mulheres,
crianças e adolescentes. Documento foi adotado por delegados de nove
nações, incluindo do Brasil, representado pelo ministério do
Desenvolvimento Social do Brasil, Osmar Gasparini Terra. Saiba mais
sobre o acordo clicando aqui.
Bárcena ressaltou que a mortalidade materna por causas evitáveis é
provavelmente um dos indicadores mais reveladores da desigualdade e da
discriminação que afetam a população feminina da América Latina. Na
região, mais de 6,2 mil mulheres morreram em 2015 por complicações
durante a gravidez e parto, a maioria delas preveníveis.
“A desigualdade não é inevitável”, acrescentou a dirigente, para quem
é necessário um novo paradigma de desenvolvimento regional. Novos
modelos devem combinar inclusão social, sustentabilidade ambiental e
dinamismo econômico.
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