quinta-feira, 6 de julho de 2017

Políticas públicas devem ter perspectiva de gênero para garantir direitos das mulheres, diz CEPAL

Em evento no Chile para discutir desafios de saúde do público feminino e infanto-juvenil, a secretária-executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Alicia Bárcena, alertou que na região “a pobreza tem o rosto de mulher”. Segundo a dirigente, mulheres representam uma parcela desproporcionalmente maior dos segmentos de menor renda. Miséria também afeta o bem-estar das crianças e adolescentes.
Encontro no Chile abordou desafios de saúde das mulheres, crianças e adolescentes. Foto: UNFPA
Encontro no Chile abordou desafios de saúde das mulheres, crianças e adolescentes. Foto: UNFPA
Em evento no Chile para discutir desafios de saúde do público feminino e infanto-juvenil, a secretária-executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), Alicia Bárcena, alertou que na região “a pobreza tem o rosto de mulher”. Segundo a dirigente, mulheres representam uma parcela desproporcionalmente maior dos segmentos de menor renda. Miséria também afeta o bem-estar das crianças e adolescentes.

“O gênero, a idade e a condição étnico-racial são três eixos determinantes da distribuição do bem-estar e do poder na sociedade”, disse a dirigente do organismo regional no primeiro dia do encontro de alto nível Todas as Mulheres, Todas as Crianças, Todos os Adolescentes, na segunda-feira (3), em Santiago.

Por isso, segundo a chefe da CEPAL, “políticas públicas devem acompanhar as pessoas nas diferentes etapas de suas vidas, respondendo aos riscos e vulnerabilidades particulares de cada uma delas”. A secretária-executiva defendeu que o enfoque de gênero e de ciclo de vida é crucial para garantir os direitos das mulheres e dos jovens.

Durante a reunião na capital chilena, encerrada em , a presidenta Michelle Bachelet apresentou um plano para que países latino-americanos e caribenhos implementem compromissos globais pela saúde de mulheres, crianças e adolescentes. Documento foi adotado por delegados de nove nações, incluindo do Brasil, representado pelo ministério do Desenvolvimento Social do Brasil, Osmar Gasparini Terra. Saiba mais sobre o acordo clicando aqui.

Bárcena ressaltou que a mortalidade materna por causas evitáveis é provavelmente um dos indicadores mais reveladores da desigualdade e da discriminação que afetam a população feminina da América Latina. Na região, mais de 6,2 mil mulheres morreram em 2015 por complicações durante a gravidez e parto, a maioria delas preveníveis.

“A desigualdade não é inevitável”, acrescentou a dirigente, para quem é necessário um novo paradigma de desenvolvimento regional. Novos modelos devem combinar inclusão social, sustentabilidade ambiental e dinamismo econômico.

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