Abrir
um espaço para conversar sobre os desafios que o Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) precisa enfrentar enquanto
Instituição e o quanto é importante que a pós-graduação esteja conectada
com as necessidades, as demandas e a formação desses profissionais.
Este foi o objetivo da sexta edição da Roda de Conversa, que teve como
tema “A aproximação da pós-graduação com a sociedade”. O evento
aconteceu nesta quarta-feira (18), na Biblioteca Central do Instituto.
Por
ser um tema complexo, a proposta dos mobilizadores do evento é trazer
de volta a questão da pós-graduação que deverá ser o assunto da próxima
Roda de Conversa, prevista para acontecer no dia 9 de novembro. De
acordo com a coordenadora da Roda Conversa, a pesquisadora Rita
Mesquita, que também é coordenadora de Extensão do Inpa, uma das
questões que ficou claro nesta conversa é que a maior parte dos
profissionais que são formado no Inpa, na verdade, são inseridos no
mercado de trabalho em outros setores além do acadêmico.
“Será
que estamos dando uma formação completa e abrangente suficiente para
que esse jovem profissional entre no mercado de trabalho de maneira
competitiva. O sentimento é que temos um espaço para melhorar”, diz
Mesquita.
Atuando
há mais de 40 anos na pós-graduação, o Inpa é um centro de referência
mundial em estudos de biologia tropical. Atualmente possui dez programas
em nível de mestrado e doutorado. Nesse período, o Instituto já formou
mais de 2.500 profissionais, dos quais cerca de 70% permanecem na
Amazônia. Durante
a Roda de Conversa foram levantadas várias sugestões para melhorar a
comunicação com a sociedade para divulgar as pesquisas que são feitas
pelos alunos, a exemplo do que acontece com o Congresso de Iniciação
Científica (Conic) onde os bolsistas apresentam os resultados finais dos
trabalhos de pesquisas desenvolvidas ao longo de um ano. “Podemos
tentar implementar algo nesse sentido para ajudar a melhorar a conexão
entre os pós-graduandos”, disse a coordenadora de Pós-Graduação do Inpa,
a pesquisadora Rosalee Coelho.
Para
o pesquisador bolsista do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos
Florestais (PDBFF), o pós-doutor Arildo de Souza Dias, a Roda de
Conversa é um espaço importante para se discutir e conhecer o que os
pós-graduandos estão fazendo. “Este espaço deveria ser mais valorizado
para que outras pessoas, alunos e professores, participem porque sem uma
discussão não tem como mudar nada no Instituto”, diz.
Na
opinião do mestre em Genética formado pelo Inpa, Ivan Junqueira, esta
foi uma oportunidade para se discutir o principal problema que se tem na
pós-graduação que é falta de diálogo entre grupos de pesquisa e entre
os alunos em si e, principalmente, a capacidade de repassar o
conhecimento adquirido para a comunidade. “Foi interessante para vermos
quais são os mecanismos possíveis para desenvolver esta temática”, diz o
mestre ao comentar ainda sobre a falta de integração para que o egresso
do Inpa não se forme apenas como um especialista, mas que tenha uma
formação mais plural.
A
Roda de Conversa é aberto ao público e acontece uma vez por mês, na
segunda quarta-feira de cada mês. O objetivo é debater assuntos de
interesse da comunidade buscando a construção de uma visão mais cidadã
sobre o assunto em foco. Além de Rita Mesquita, um grupo de
mobilizadores também ajuda na condução do evento, e é formado pelas
pesquisadoras Flávia Costa e Dionísia Nagahama, com apoio de Mateus
Ferreira.
Fonte: Ascom/INPA
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