terça-feira, 29 de abril de 2014

Universidade de Coimbra vai usar Enem para ingresso de brasileiros



Universidade de Coimbra vai usar Enem para ingresso de brasileiros
24/04/2014 19h12 Agencia Brasil
Estudantes brasileiros poderão ingressar na Universidade de Coimbra, em Portugal, com a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O exame passa a ser aceito este ano para os candidatos a vagas de graduação. É a primeira vez que uma instituição estrangeira utiliza o Enem como critério de seleção.
A Universidade de Coimbra aceitará os resultados do Enem de 2011, 2012 e 2013 e dispensará os brasileiros dos exames portugueses, que, até o mês passado, eram obrigatórios pela legislação do país. As notas no exame terão pesos diferentes de acordo com o curso ao qual o estudante pretende ingressar. No site da instituição, está uma tabela com os pesos das pontuações.
A Universidade de Coimbra é a instituição portuguesa de ensino superior mais antiga. No ano passado, foi incluída na lista do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Cerca de 23 mil estudantes estão matriculados na instituição. Desses, mais de 2 mil são brasileiros.
O vice-reitor da universidade, Joaquim Ramos de Carvalho, explica que o Enem é o primeiro exame internacional a ser aceito pela instituição como critério de seleção. A universidade deu prioridade pela alta procura de brasileiros. Segundo ele, a instituição estuda aceitar também o Gao Kao, uma espécie de Enem chinês.
"Temos acompanhado a evolução e o sucesso do Enem. Prova disso é o número de universidades brasileiras que aceitam o exame como forma de ingresso. São instituições que respeitamos muito", diz Carvalho. Ele acrescenta: "O Enem tem qualificações equivalentes [às exigidas pelos os exames portugueses]. Consideramos que podemos aceitar sem necessitar passar por prova".
Segundo o Ministério da Educação (MEC), o uso do exame pela universidade portuguesa "esta é mais uma prova da consolidação do Enem como critério republicano de acesso ao ensino superior".
No Brasil, o Enem seleciona estudantes para instituições públicas de ensino superior pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas em instituições particulares, pelo Programa Universidade para Todos (Prouni). Além disso, é pré-requisito para obter um financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e para o intercâmbio acadêmico pelo Ciência sem Fronteiras.
Em 2013, mais de 5 milhões de candidatos fizeram o exame. Neste ano, o Enem poderá ser aplicado nos dias 8 e 9 de novembro. O edital ainda não foi divulgado.

João Horta Neto: "O aumento das notas não significa uma melhora na aprendizagem"



Pesquisador do Inep fala sobre os problemas de reduzir o currículo aos conteúdos cobrados nas avaliações em larga escala e treinar os alunos para as provas
Beatriz Santomauro

João Luiz Horta Neto, pesquisador da Diretoria de Avaliação da Educação Básica do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e doutorando em Política Social na Universidade de Brasília (UnB), está preocupado com uma situação que tem sido recorrente: os professores estão "treinando" os alunos para que tenham melhor desempenho nas avaliações externas.

O tema foi tratado na
edição de março da NOVA ESCOLA, que chega esta semana às bancas com um artigo sobre os impactos da redução dos currículos escolares aos conteúdos cobrados nas avaliações em larga escala.

Nesta entrevista, Horta discute o tema e apresenta dados de estudos que tem realizado sobre como são elaborados os exames nacionais e a forma como as informações são apresentados à sociedade.

Qual deve ser o papel das avaliações externas?

JOÃO HORTA NETO A avaliação externa tem o papel de verificar o que está acontecendo com a escola e com seus alunos, isso deve ser motivo de preocupação da sociedade. Os exames, no entanto, têm sido superestimados: uma única prova, aplicada em um momento específico do ano não consegue dar conta de todo um processo de aprendizagem. Por isso, conclusões definitivas e abrangentes com base nela não são válidas.

Existe alguma rede que tenha usado as avaliações para aperfeiçoar seu currículo?
HORTA Em muitas redes existe o discurso de que o processo está ocorrendo de modo integrado - que envolve currículo, formação de professores, avaliação, material didático etc. Mas, na prática, o que ocorre são casos como o de São Paulo, em que se determina que os professores de 1º a 3º anos tenham como foco a Matemática e a Língua Portuguesa, deixando as demais disciplinas de fora ou com pouco tempo de aula. Concordo que essa criança está em processo de alfabetização, mas o ensino deve estar ligado às coisas que acontecem no mundo. Outro exemplo é o de Minas Gerais, que exige que se coloque o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) na porta das escolas.

É comum a ideia de que, se o aluno aprende Matemática e Língua Portuguesa  está apto a aprender sozinho os demais conteúdos. Como o senhor avalia isso?
HORTA Não basta saber Matemática ou Língua para se aprender outras coisas. A criança não avança só porque tem curiosidade e o "aprender a aprender" não se faz sozinho. Não é porque a criança se dá bem com a parafernália tecnológica que saber discernir quais informações são corretas sem orientação, por exemplo.

Essa redução de currículo se ampara em alguma teoria pedagógica? Como ela se justifica?
HORTA Não há justificativa. Todas as teorias pedagógicas indicam o contrário. Para que o aluno consiga compreender o mundo a partir de seus olhos e ser independente, o ensino tem de ser amplo, fornecer uma série de informações e ferramentas. Como querer que, sem isso, o aluno viva em um mundo globalizado?

"A formação inicial dos professores não tem sido satisfatória e torna o profissional apto apenas para lecionar Matemática e Língua. Por isso, é melhor as outras áreas saírem do currículo". O que o senhor diria dessa afirmação?
HORTA A afirmação é falsa. Para ensinar todas as disciplinas adequadamente é preciso lançar mão de uma série de conhecimentos, não basta só dominar as duas áreas. O problema da má preparação dos professores é dos cursos de formação, e no Brasil está claramente definido que o responsável por eles é o governo federal. Em vez de ele atuar diretamente sobre a qualidade dos cursos, põe foco nos indicadores educacionais, mobilizando estados e municípios a melhorar. Assim nunca é possível resolver o problema.

É bem possível que as redes que estão reduzindo o currículo apresentem melhora na avaliações e sirvam de modelo para as demais. Como lidar com isso?
HORTA O aumento das notas nas avaliações não significa uma melhora na aprendizagem. Existem diversos mecanismos que estão fazendo as notas aumentarem. Estou finalizando uma pesquisa sobre como as escolas estão lidando com as avaliações. Os resultados mostram que estão sendo aplicados inúmeros simulados para preparar os alunos para o teste. Uma das escolas relatou fazer um a cada quinze dias com as crianças dos anos iniciais do Ensino Fundamental!

Existe uma questão técnica que pouca gente discute: a matriz da Prova Brasil, principalmente em Matemática, é muito estreita. Fica fácil "treinar" o aluno, já que determinadas habilidades só podem ser trabalhadas de uma ou duas formas. Depois de entrar em contato com elas, o aluno começa a entender como se comportar com determinado tipo de prova. O resultado, por consequência, sobe.

Outra coisa: os resultados dos anos iniciais do Ensino Fundamental têm subido mais do que os dos anos finais e do Ensino Médio. Uma hipótese é que o professor polivalente tem dedicado mais tempo para preparar seus alunos para o teste em comparação com aquelas turmas dos anos finais, que não têm tanta flexibilidade de tempo para se prepararem para o teste. A busca por melhorar as notas estimula os gestores a procurarem soluções alternativas. Até determinado ponto, essa estratégia faz as notas subirem, mas ela não se sustenta porque não está ligada à aprendizagem. Estamos chegando perto desse patamar. E, se algo for mudado no teste, todo esse sistema será desestruturado.
Nos anos finais do Ensino Fundamental também existe essa redução de currículo?
HORTA Sim, mas ela é mais evidente nos anos iniciais, quando a organização do horário é feita por um só professor.
A repercussão dessa redução de currículo está sendo menor do que deveria? Mal se ouve falar nela. Por que isso ocorre? Existe um pacto de conivência entre os professores e a secretaria?
HORTA Existe repercussão, mas também existe uma série de políticas articuladas que faz com que seja difícil mudar o cenário: a melhoria do desempenho dos alunos nas avaliações é ligada ao aumento salarial, por exemplo. E as pessoas ficam de mãos atadas. Também existe uma forte mensagem que tem sido vinculada nos últimos anos mostrando que esse é o melhor e único caminho, os docentes acabam acreditando nela e se conformando. Virar o jogo é difícil. Nos Estados Unidos, por exemplo, depois de mais de 30 anos de políticas em torno das avaliações, começam a aparecer movimentos ainda tímidos contra essa maré.
http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/aumento-notas-avaliacoes-nao-significa-melhora-aprendizagem-diz-joao-horta-neto-736330.shtml

Lideranças entregam pedido de criação do Instituto de Formação Superior Indígena ao Vice-Reitor da Ufam

Em reunião que ocorreu na tarde de segunda-feira (28) no gabinete da Reitoria com a presença de lideranças e estudantes universitário  indígenas. Na pauta da reunião a formação universitária dos jovens indígenas.  
As lideranças entregaram documento ao reitor em exercício, professor doutor Hedinaldo Narciso Lima. No documento consta o pedido de criação do Instituto de Formação Superior Indígena, abrangendo áreas como saúde, gestão ambiental e territorial, engenharias de pesca e floresta. Solicitam que a diretoria de Políticas Afirmativas seja transformada em Pró-Reitoria e que sejam criadas rubricas orçamentárias anuais permanentes que possam possibilitar essas ações.
Participaram do encontro com o reitor em exercício a coordenadora geral do UMIAB, Raquel Munduruku, o coordenador estadual do OPIRR, Rivanildo Cadete Fidelis, o professor Telmo Paulino, a coordenadora da escola indígena Noeme Mayuruna Wadick e o professor de Educação Indígena da Ufam Gersem Baniwa.
Os participantes ressaltaram que a parceria da Ufam é fundamental para a efetivação das ações. “Estamos há 25 anos tentando nos organizar. Queremos atender todas as 65 etnias do estado do Amazonas e a Ufam é uma grande parceira nesse processo”, declarou Alfredo Tadeu Coimbra, professor da SEDUC.
O vice-reitor destacou que a Ufam trabalha para dar os encaminhamentos necessários às
solicitações da sociedade. “Hoje nos foram apresentadas algumas demandas que podem ser atendidas de forma mais rápida e outras que só podem ser viabilizadas a longo prazo.  
Nosso objetivo na Ufam é que as propostas de etnias tão distintas sejam bem trabalhadas para que possamos atender de forma ampla e ao mesmo tempo especializada.
Blog Filosofianoaltosolidões/ Com informações do Bloco Esquerdo da Ufam.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Discentes do INC/UFAM comemoram encerramento do período de 2013/2.



Discentes do INC/UFAM  comemoram encerramento do período de 2013-2.



Os discentes dos cursos de Agrárias, Administração, Antropologia, Licenciatura em Biologia/Química, Pedagogia e Letras da Ufam no Instituto de Natureza e Cultura – INC de Benjamin Constant/AM, organizaram festa para comemorar o encerramento do período acadêmico de 2013/2. É o segundo evento organizado pelos acadêmicos. A iniciativa é dos acadêmicos residentes em Benjamin Constant oriundos de outros munícipios e tem como objetivo reunir a comunidade universitária para um relaxamento cultural e entretenimento, além do que aproximar os diversos acadêmicos de Benjamin Constant, Atalaia do Norte, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá e de Tonantins, que ficam longe dos amigos e familiares.









 Fotos do blog.filosofianoaltosolimoes.